Processo estimula desenvolvimento cognitivo, resiliência mental e confiança para uma evolução pessoal mais saudável

 

Foto: banco de imagem/Freepik


São Paulo, setembro de 2024 - De acordo com pesquisas do British Council, instituição do Reino Unido que visa difundir o conhecimento da língua inglesa, o Brasil ainda caminha de forma tímida quando se trata de fluência em inglês. Apenas 5% dos brasileiros falam o idioma e somente 1% é considerado fluente.
 

No entanto, os benefícios de uma segunda língua, principalmente para os mais novos, pode transformar a vida pessoal e, futuramente, profissional, sobretudo relacionado às questões de saúde mental. Para Vanessa Codecco, head pedagógica do Twice, sistema de ensino bilíngue da Rhyzos Educação, o bilinguismo possui vantagens que vão além do campo acadêmico, incluindo uma forte influência no bem-estar e no desenvolvimento cognitivo dos alunos.
 

“O primeiro ponto que o aprendizado de um segundo idioma pode proporcionar é o desenvolvimento cognitivo e a resiliência mental dos alunos. Esse processo estimula o cérebro a funcionar de uma forma mais flexível e, consequentemente, contribui para que os jovens tenham maior capacidade de concentração, adaptabilidade a novas situações e maior tolerância à frustração - características fundamentais para lidar com o estresse e os desafios emocionais diários”, pontua Vanessa.
 

A head pedagógica conta que, junto a isso, os alunos que estão neste momento de aprendizagem apresentam um fortalecimento da autoestima e confiança, de modo que se sintam mais competentes tanto no ambiente escolar quanto nas interações sociais. Além disso, o torna capaz de se expressar de uma forma melhor e compreender sentimentos e necessidades dos outros, reforçando relações saudáveis e de apoio.
 

“É um conjunto de fatores que trabalha o desenvolvimento do aluno em diferentes aspectos. Quando uma escola promove o aprendizado de duas línguas, ela está a cultivar um espaço onde as diferenças culturais são respeitadas e celebradas. Isso aumenta o bem-estar mental coletivo, criando um espaço de confiança onde os estudantes se sentem seguros para partilhar as suas experiências e pontos de vista”, complementa a especialista.
 

No que diz respeito a problemas cognitivos a longo prazo, a head reforça que este ensino pode atrasar o aparecimento de doenças degenerativas, como a demência e o Alzheimer, em adultos. A ideia é que a prática contínua do bilinguismo serve como um treino para o cérebro e quando trabalhado desde cedo pode acarretar em benefícios ainda mais positivos.
 

“O ensino bilíngue não se limita apenas ao aprendizado de uma nova língua. Ao melhorar a resiliência, a autoestima, as competências de comunicação e a adaptabilidade, torna-se uma ferramenta poderosa para enfrentar os desafios emocionais e cognitivos que surgem ao longo da vida. Adotar isso nas escolas é, portanto, não só uma estratégia educativa, mas uma abordagem integral para promover o bem-estar mental e emocional dos alunos”, finaliza Vanessa.