Advertisement

É preciso uma aldeia para criar um estudante? Processo de aprendizagem é um esforço conjunto

 
Crianças e jovens passam anos na escola, mas o auxílio no seu aprendizado não é missão exclusiva dos professores

 

Um famoso provérbio africano diz que “é preciso uma aldeia inteira para criar uma criança”. Acontece que nesse processo de desenvolvimento de um ser humano também há um caminho complexo de aprendizagem. Apesar da escola ser reconhecida como o espaço da educação, é importante lembrar que a habilidade de aprender não se dá apenas na sala de aula. As crianças devem ser estimuladas com atividades diversas para além dos muros escolares.

De acordo com Rodrigo Retka, Coordenador do Segmento Anos Finais da rede Pensi, “O processo de aprendizagem funciona conjuntamente, em uma parceria entre família e escola. O processo de transmissão de conhecimento não fica preso apenas no acompanhamento de deveres de casa e trabalhos, é essencial que a família fomente o contato do jovem com cultura e estímulos diversos de aprendizagem, compreendendo que o contato com produtos culturais e jornalísticos são extremamente importantes para a construção do conhecimento e pensamento crítico dos estudantes”. Assim sendo é importante gerar o contato com museus, exposições, programações culturais diversas, debates, livros e tudo que trouxer informações e provocar o pensamento. Abordagens mais lúdicas também são bem-vindas e estimulantes para quem está aprendendo a aprender.

Apesar de não ser a única responsável ao longo do processo, a escola também conta com recursos importantes e deve ser apoiada pela família. Essas instituições estimulam a cultura de estudos possibilitando aos alunos caminhos para irem sempre além do que é apresentado em sala de aula, como em deveres de casa, conteúdos on-line, recomendações de materiais extras pelos professores, avaliações formativas contínuas, monitorias, grupos de estudos, entre outros. Nessa dinâmica, é essencial que a escola ofereça desafios aos estudantes, incentivando que eles possam se aprimorar. “No Pensi existem muitos recursos presenciais e on-line para que o aluno possa sempre buscar mais e se desafiar, nosso material didático tem exercícios sobressalentes, para que os próprios estudantes possam se dedicar aos estudos individuais, acompanhando o tempo e o ritmo de cada um. Além disso, é primordial que a escola equilibre as cobranças e seus métodos avaliativos com os estímulos de aprendizagem que oferece”, afirma Retka.

 

As estratégias de aprendizagem são diversas. 

Assim como as pessoas e suas aptidões são diversas, a mesma regra vale quando o assunto é aprendizagem. Não uma técnica padrão que sirva para todos, portanto é importante conhecer os recursos existentes e quais são mais efetivos para cada estudante. “Teóricos como David Kolb defendem que há pelo menos quatro formas diferentes de aprendizado e que cada pessoa aprende com técnicas diferentes”, explica.

As opções passam por aulas expositivas (em que um terceiro fornece a explicação do assunto em pauta), leituras, exercícios, mapas mentais e demais ferramentas de organização visual, materiais multimídia como podcasts e vídeos, grupos de estudo e até o ato de ensinar outra pessoa. Através do conhecimento de cada aluno e da experimentação, é possível identificar quais técnicas se mostram mais eficientes, além das combinações possíveis serem diversas.

O mais importante nesse processo é entender que a aprendizagem é uma forma incrível de evoluir e alcançar seus objetivos. Segundo o coordenador, “aprender não deve ser dolorido ou um fardo. Colocar a aprendizagem neste espaço é afastar as pessoas desta busca. Aprendizado demanda confiança e dedicação que só podem ser alcançadas quando nos conhecemos e compreendemos nossas próprias possibilidades”.