Pediatra reúne conselhos importantes para evitar que crianças contraiam a doença
Neste ano, o Brasil enfrenta um surto de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti, até o momento já atingimos um recorde histórico no número de casos e mortes.
A médica pediatra Elisabeth Fernandes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), lista algumas recomendações e cuidados com as crianças.
A forma de proteção mais usual e prática, segundo a Dra. Elisabeth, é o uso de repelentes, mas não se pode usar de forma indiscriminada. "No caso de bebês e crianças, as indicações precisam ser respeitadas de acordo com a faixa etária", informa a pediatra, adicionando o guia a seguir:
- Para bebês acima de 2 meses: Icaridina na concentração de 10%
- Para bebês acima de 6 meses: Icaridina na concentração de 20% e IR3535
- Para crianças acima de 2 anos: DEET
"Os repelentes não devem ser aplicados na presença de lesões ou ferimentos", diz a médica, reforçando que o produto não deve tocar olhos e boca, assim como não deve ser manipulado pelas crianças.
Vacina!
Dra. Elisabeth reforça a chegada da vacina contra dengue, que está liberada para alguns grupos.
As crianças de 10 a 14 anos são o público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue em 2024. O grupo concentra o maior número de hospitalizações, depois de pessoas idosas, e deve receber duas doses pelo SUS (Sistema Único de Saúde) — o intervalo entre elas é de 3 meses.
A distribuição de vacinas começou por 686 municípios com mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão da dengue e com maior predominância do sorotipo DENV-2 (a dengue tem quatro sorotipos).
O Ministério da Saúde havia priorizado crianças de 10 a 11 anos, mas ampliou a faixa etária diante da baixa procura, por isso é importante que pais e responsáveis levem seus filhos.
Os idosos e crianças menores de 10 anos ainda não entraram no grupo prioritário de SUS, mas podem tomar a vacina testada e aprovada para pessoas de 4 a 60 anos na rede particular.
"É uma injeção subcutânea, ministrada em duas doses, com intervalo de 3 meses entre elas", reforça Dra. Elisabeth.
"Alguns efeitos colaterais são possíveis, como dor no local da injeção, moleza, dor de cabeça e febre, que podem acontecer até dois dias após a aplicação, principalmente na primeira dose", lembra a pediatra.
As recomendações clássicas de cuidados com o ambiente doméstico permanecem: não acumular água nos vasos; tampar as caixas d’água e usar inseticidas.
Dra. Elisabeth Canova Fernandes
Pediatra
CRM 94686
RQE 105.527
- Médica formada pela Faculdade de Medicina do ABC.
- Residência médica em pediatria pela FMUSP
- Complementação especializada em reumatologia pediátrica pelo Instituto da Criança - FMUSP
- Título de especialista em Pediatria pela SBP
- Título de especialista em reumatologia pediátrica pela SBP e SBR
- Mestrado e doutorado em pediatria pela FMUSP
- Pós-graduação em nutrição infantil pela Boston Umjversity e também pela Ludwig Maximilian University of Munich.
- Professora de graduação em Medicina na Universidade São Caetano do Sul.
- Médica proprietária da Clínica Pediátrica Crescer Participação ativa em diversos congressos nacionais e internacionais em pediatria voltados para alimentação infantil, amamentação, cuidados com o bebê e doenças comuns da primeira infância.
- Palestrante frequente nos temas de amamentação, alimentação infantil e primeiros cuidados com o bebê.