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Volta Redonda: novas turmas do “Mulheres Mãos à Obra” têm início na próxima segunda-feira (26)



Iniciativa vai preparar mais 184 mulheres nos cursos profissionalizantes
da Construção Civil, com duração de quatro meses

As turmas do primeiro semestre do projeto “Mulheres Mãos à Obra”, da
Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos
(SMDH) de Volta Redonda, terão início na próxima segunda-feira, dia 26.
Durante quatro meses, 184 mulheres participarão do curso
profissionalizante para atuação na construção civil nos turnos da manhã,
tarde e noite, de segunda a sexta-feira. As aulas acontecerão no Centro
de Qualificação Profissional (CQP), localizado na Avenida Pedro Lima
Mendes, nº 495, no bairro Aero Clube.

O projeto oferece cursos de Bombeira Hidráulica Predial e Pedreira de
Alvenaria Predial; Eletricista Predial; Pintura Predial; Pedreira de
Acabamento e Revestimento Predial; e Curso Básico de Solda com Eletrodo
Revestido, Corte de Oxiacetilênico e Operadora de Esmerilhadeira. Um
total de 181 mulheres passaram pelos cursos em 2023, sendo que algumas
já estão atuando profissionalmente em obras da Prefeitura de Volta
Redonda e empresas da região.

A iniciativa – inovadora no estado do Rio de Janeiro – foi idealizada
pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos
(SMDH), contando com as parcerias da Fevre (Fundação Educacional de
Volta Redonda), Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), Gegov
(Gabinete de Estratégia Governamental) e Fundação Beatriz Gama (FBG).
Podem participar mulheres maiores de 18 anos e moradoras do município, e
o projeto disponibiliza vale-transporte, lanche, cadernos, uniforme e o
material usado nas aulas práticas, assim como ferramentas e Equipamento
de Proteção Individual (EPI). Ao final do curso, elas são certificadas e
estarão prontas para buscar o mercado de trabalho.

Oportunidade de autonomia

As aulas no Centro de Qualificação Profissional são ministradas por
professores contratados pela Fevre. O diretor do CPQ, professor Eiji
Yamashita, calcula um custo individual em torno de R$ 1.700 por alunas
do projeto, que nasceu de uma reunião realizada há mais de 12 anos pela
atual secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos
Humanos, Glória Amorim, com uma comunidade de mulheres no bairro Roma,
onde elas escolheram o que desejavam aprender.

“É raro um município oferecer um ensino de qualidade como o que estamos
fazendo. Elas estão ansiosas para o início das aulas, e ficamos feliz
por contribuir com um projeto que vai mudar a vida delas, que oferecerá
um novo rumo com o empoderamento e autonomia que conquistam”, afirmou
Eiji.

Um dos professores do curso, José Alberto de Almeida Carvalho, comentou
a animação das futuras alunas. “Elas se mostraram muito motivadas
durante as matrículas, e teremos a missão de repassar todo o
conhecimento, de compartilhar com elas nossos conhecimentos, como as
normas técnicas, as regras, as etapas que acompanham o trabalho. Elas
estão demonstrando muita disposição para aprender.”

Teoria do serviço pesado

Já o professor Nilson de Freitas destacou que, além daquelas que desejam
ingressar no mercado de trabalho, algumas alunas desejam aprender a
profissão para realizar obras na própria residência.

“A construção civil tem a imagem de um serviço pesado, mas tudo depende
se o profissional ou a profissional quer realmente aprender”, afirmou.
“As mulheres são muito concentradas no que fazem e procuram realizar o
trabalho bem feito.”