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Tecnologia do blockchain, aliadas à ciência, podem salvar a confiabilidade das compensações de descarbonização, por meio da integridade e rastreabilidade dos dados, diz especialista
 

O planeta Terra vive uma crise ambiental sem precedentes. O aumento da temperatura e a acelerada perda da biodiversidade, são sinais claros da urgência em agir. Ao longo das últimas décadas, o mundo teve temperatura 1,43ºC, acima da registrada na era pré-industrial.
 

Para combater esse desafio global, as compensações ambientais têm ganhado cada vez mais relevância. Porém, a discussão do momento, quando se fala sobre o tema, é focada em descrédito e falta de confiabilidade - haja vista inúmeros relatos de fraudes ao sistema, principalmente ao se referir ao mercado de carbono.
 

Os tipos podem ser variados, seja pela double counting - quando um projeto de compensação de carbono é vendido duas vezes -, falsificação dos projetos ou ainda creditado com mais reduções de emissões do que realmente gera.
 

Phelipe Spielmann, CEO e fundador da Bluebell Index, fintech climática que une empresas e indústrias a proprietários rurais para atuar na mitigação de mudanças climáticas, afirma que a boa notícia é que as tecnologias rastreáveis como blockchain, aliadas à ciência, podem salvar a confiabilidade das compensações de descarbonização, por meio da integridade e rastreabilidade dos dados.

 

Além disso, é importante lembrar que muito se fala de compensação ambiental apenas com carbono, dados do ICC Brasil apontam, inclusive, que este mercado deve atingir receitas de US$ 100 bilhões até 2030 e ultrapassar USD 300 bilhões até 2050 no Brasil.

 

“Quando falamos de conservação da natureza e da mitigação das mudanças climáticas, é importante considerar todos os ativos ambientais, incluindo água, solo, carbono e biodiversidade, já que são práticas regenerativas, positivas tanto para o clima quanto para a natureza no uso da terra”, diz Phelipe Spielmann, CEO e fundador da Bluebell Index.


 

O papel da ciência neste caso, entra em uma etapa importantíssima, validando a área para aplicar a compensação ambiental, por meio de metodologias internacionais, monitorando as áreas com todas as informações de histórico de queimadas e desmatamentos.


 

Já a tecnologia do blockchain - um sistema de registro descentralizado que garante a segurança e a transparência das transações - permite a rastreabilidade e validação, possibilitando que os créditos de compensação cheguem, de fato, a quem mais preserva o meio ambiente, garantindo segurança, transparência e efetividade.


 

Desde o início de avaliação da área a ser compensada, o blockchain registra e rastreia de forma segura e transparente todos os documentos relacionados a esses ativos, como títulos de terras, licenças ambientais e avaliações de impacto. Dessa forma, é possível garantir que esses ativos sejam emitidos de forma justa e que realmente representem a redução da descarbonização.


 

Para Spielmann, durante muito tempo, a natureza trabalhou para movimentar a economia, agora está na hora da economia salvar a natureza. Preservar a natureza é um investimento certeiro, que beneficia a todos.


 

“As empresas que investem em projetos de conservação e preservação ambiental ganham em segurança e transparência. A sociedade ganha em recursos econômicos para a preservação e manutenção da natureza. E o meio ambiente ganha em proteção e restauração. A natureza, sem dúvidas, é o nosso principal ativo, por isso, reafirmo que chegou a hora da economia retribuir e salvar a natureza”, finaliza o executivo.


 

Sobre Bluebell Index

Bluebell Index é uma fintech climática que une empresas e indústrias a proprietários rurais para atuar na mitigação de mudanças climáticas. A startup valoriza, certifica e monetiza ativos ambientais por meio de tokens baseados em blockchain gerados por metodologias internacionais pautadas na ciência e algoritmos proprietários. Os tokens da Bluebell incluem carbono, água, solo e biodiversidade e entregam integridade dos dados e rastreabilidade aos compradores.