Arquiteta destaca que a sustentabilidade é o pilar central de suas abordagens.


Construir do zero é um sonho, mas reformar uma casa antiga e deixá-la do jeito que quiser pode ser ainda mais especial em algumas ocasiões. Apesar de demandar cuidados especiais, reformar uma casa antiga pode oferecer diversos benefícios. Afinal, essas construções possuem um estilo diferenciado e especial. Em vez de tentar disfarçar suas características originais, vale a pena destacá-las e atualizá-las. 


A arquiteta Mariana Gontijo, destaca que a reforma de uma casa antiga é uma jornada única, repleta de desafios (desde a falta de informação técnica original da construção até a qualidade em que ela se encontra hoje) e recompensas. “Ao enfrentar esses desafios, minha abordagem como arquiteta e designer é fundamentada na harmonia entre passado e presente. Ao lidar com o caráter histórico, a preservação é essencial. Abordo os desafios através de cuidadosas pesquisas, compreendendo a estrutura original e preservando elementos autênticos, enquanto integro toques modernos com sutileza, a depender da necessidade do cliente”, diz.


O equilíbrio entre preservação e modernização é uma dança delicada. Opto por incorporar elementos modernos de forma estratégica, respeitando a identidade da casa. A atenção ao detalhe na distribuição de espaços é crucial. “A otimização do layout requer considerações meticulosas, garantindo funcionalidade sem comprometer o charme original, caso o cliente queira manter, caso contrário (se não for uma casa histórica), estudamos a estrutura e adaptamos ao que o cliente precisa”, acrescenta Mariana.


Sustentabilidade nas reformas


A especialista reitera que a sustentabilidade é um pilar central em suas abordagens. “Desde a seleção de materiais até a implementação de soluções energéticas eficientes, busco minimizar o impacto ambiental. A introdução de tecnologias eco-friendly e a reutilização criativa de materiais existentes são estratégias que aplico para tornar a reforma mais sustentável”, afirma.


Para proprietários que desejam preservar a história enquanto modernizam, aconselho um diálogo constante entre o morador e seu arquiteto. Compreender as necessidades do cliente é essencial. “Incentivo a preservação de elementos autênticos que contam a história da casa, enquanto introduzo inovações que melhoram a qualidade de vida. É uma colaboração, onde o passado e o presente se entrelaçam para criar uma narrativa arquitetônica única. Reformar uma casa antiga transcende a estética; é uma celebração da história, um exercício de respeito pelo passado e uma visão ousada para o futuro”, conclui a arquiteta.