A onda de calor que afetou parte do país no mês de setembro levou a uma busca por formas de aliviar a sensação térmica e ter um pouco mais de conforto. Segundo levantamento do Itaú Unibanco, as transações relacionadas a compra e manutenção de ar-condicionado cresceram 46% em setembro na comparação com o mesmo período de 2022, e o total gasto teve alta de 35%. Os números consideram as compras em estabelecimentos especializados realizadas com cartão de crédito e Pix durante o mês.
 

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre os mais impactados pela onda de calor, puxam a alta, com crescimento de 86% e 71%, respectivamente, nas transações em estabelecimentos de ar-condicionado.
 

Considerando apenas as compras com cartão de crédito, 54% foram parceladas. Entretanto, elas representaram um percentual bastante expressivo do valor total gasto na compra de aparelhos de ar-condicionado e suas manutenções: 89% do faturamento total corresponde a transações pagas em mais de uma vez. Naturalmente, o ticket médio das compras à vista é menor, de R$ 224, enquanto transações a prazo tiveram valor médio de R$ 1577.

 

“O movimento teve mais força na segunda quinzena de setembro, quando alguns estados brasileiros apresentaram as temperaturas mais altas. Esse período concentrou cerca 60% das transações e do valor total gasto com o segmento no mês. Também percebemos que os descontos e facilidades oferecidos com o pagamento via Pix têm atraído o consumidor. Filtrando apenas por essa modalidade, houve uma alta de 78% nos pagamentos – enquanto considerando apenas o cartão de crédito, o aumento foi de 26%”, explica Moisés Nascimento, especialista de Tecnologia do Itaú Unibanco.

 

As gerações X e Y (nascidos entre 1965 e 1980; e entre 1981 e 1996) foram as que mais fizeram compras e manutenção de ar-condicionado no mês de setembro, com 38% e 36% das transações, respectivamente. Os babyboomers (nascidos entre 1946 e 1964) representam 22% das compras, e a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), 4%. Na comparação com 2022, quem mais aumentou os gastos no setor foram os babyboomers, com 44% de alta. A geração X teve crescimento de 38% nos gastos, seguida da Y, com alta de 34,5%, e da geração Z, com avanço de 25,5%.