Equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação levou atividades de
conscientização aos setores da unidade junto à mascote da Aliança
Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
No Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Hospital São João Batista (HSJB),
em Volta Redonda, promoveu durante esta quarta-feira, dia 27, atividades
de conscientização sobre o tema. A data visa sensibilizar a população
sobre a importância da doação de órgãos. Um único doador pode salvar a
vida de, pelo menos, oito pacientes que aguardam por transplantes de
órgãos e tecidos.
O evento, que faz parte do encerramento do “Setembro Verde” – mês de
incentivo à doação de órgãos –, foi organizado pela equipe da Comissão
Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes
(CIHDOTT) e do Banco de Olhos de Volta Redonda, com a presença de um
convidado muito especial: a mascote da Aliança Brasileira pela Doação de
Órgãos e Tecidos (ADOTE).
A mascote, acompanhada da comissão, percorreu a recepção, além das
enfermarias e a maternidade do hospital sensibilizando os pacientes,
familiares e funcionários para o diálogo com seus familiares, dando um
incentivo ao “sim”, para autorização da doação. A enfermeira responsável
pela CIHDOTT, do HSJB, Daniela da Silva, explica que para ser doador de
órgãos e tecidos é fundamental compartilhar essa vontade com a família.
“Qualquer pessoa pode manifestar, em vida, seu desejo de ser doador,
porém a autorização para a doação só pode ser dada pelos familiares mais
próximos. Por isso, a importância de conversar com os parentes e amigos
sobre sua vontade de ser doador. Há milhares de pacientes na fila do SUS
(Sistema Único de Saúde) à espera de um transplante”, disse a
enfermeira.
Daniela da Silva ainda ressalta que a doação de órgãos e tecidos
acontece quando há um protocolo de morte encefálica – perda total e
irreversível da função do cérebro e tronco encefálico. Ela ainda reforça
que há todo um cuidado quanto ao diagnóstico.
“A equipe médica faz uma série de exames muito criteriosos para definir
esta condição (morte encefálica), que é irreversível. Neste caso, todos
os órgãos e tecidos podem ser doados mediante a autorização da família.
Após a doação, os órgãos são encaminhados para as Centrais de
Transplante de cada estado, que gerenciam uma lista única de receptores
de cada órgão e os selecionam de acordo com critérios objetivos
definidos pelo Ministério da Saúde” comenta.
Outras atividades
Desde às 9h desta quarta-feira, uma tenda em frente ao HJSB foi montada
para distribuição de panfletos informativos, além de esclarecimentos
sobre dúvidas referentes à doação de órgãos. Equipes dos cursos na área
de saúde do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) também
realizaram simulações de urgência e emergência em primeiros socorros.
No período da tarde, a enfermeira Daniela da Silva promoveu uma palestra
para médicos, enfermeiros e demais representantes das comissões de
doação de órgãos e tecidos, da região do Médio Paraíba, sobre o
protocolo da doação de órgãos.
Protocolo para captação de órgãos e tecidos
O protocolo para a captação de órgãos consiste em três etapas:
identificar o paciente com uma possível morte encefálica; realização de
exames clínicos e complementares para a confirmação desta morte
encefálica; e a abordagem familiar, buscando a conscientização sobre a
doação de órgãos e tecidos. A captação só é possível com autorização de
familiares.