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Doação de medula óssea pode beneficiar pessoas com aproximadamente 80 doenças diferentes

Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é sediado em 17/09. Dados reforçam importância de conscientização: chance de encontrar doador compatível no Brasil é de 1 em 100 mil

São Paulo, setembro de 2023 – No dia 17 de setembro é sediado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, um ato que possibilita a substituição de uma medula óssea doente por uma saudável e o restabelecimento da produção normal das células sanguíneas. Os dados chamam à atenção para a importância da conscientização: 1 em 100 mil é a chance de se encontrar no Brasil uma medula óssea compatível com a de outra pessoa que não é da família, mas pode ser 1 em 1 milhão se tiver que procurar no Exterior.

O transplante de medula óssea é indicado para diversas doenças, como leucemia (leucemia adulto ou leucemia infantil), linfomas (linfoma de Hodgkin ou linfoma não Hodgkin), mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências, entre outras.

“A doação salva vidas e pode beneficiar pessoas com aproximadamente 80 doenças diferentes. Ainda assim, o tema é pouco difundido entre a população. Por isso, compartilhar informações e apoiar as campanhas de conscientização é de extrema importância”, reforça o Líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. Jayr Schmidt Filho.

Cerca de 25% dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea encontram o doador ideal no núcleo familiar. O restante depende de parentes parcialmente compatíveis ou de doadores voluntários dos bancos de medula. Atualmente são, em média, 850 pacientes em busca de doador não aparentado, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). “Quanto mais cadastros, maiores são as oportunidades de compatibilidade, e maior a agilidade para o procedimento de doação”, completa Schmidt.

Desde junho de 2021, a portaria que altera a idade limite do cadastramento de candidatos à doação de medula óssea está em vigor. A mudança foi de 55 anos para 35. As demais condições para o cadastramento não sofreram alteração.

Para realizar a doação é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar saúdavel e não apresentar doenças como infecciosas e/ou hematológicas. Todos os doadores, incluindo os cadastrados no novo critério de idade, podem realizar a doação até 60 anos”, finaliza Dr. Jayr Schmidt Filho.

SOBRE O TRANSPLANTE

O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea (células-tronco), com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. O transplante de medula óssea (TMO) pode ser autólogo (autogênio) – ou seja, quando a medula vem da própria pessoa – ou alogênico, quando vem de um doador. O médico do paciente determina qual o tipo de transplante será realizado, de acordo com a doença.

Nos casos do transplante alogênico, inicia-se a busca de doadores entre os familiares. Para saber se o doador é compatível, são realizados testes de sangue, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA). Caso não exista doadores entre os parentes, é realizada a busca por voluntários.

No momento do cadastro do doador, além do HLA, é feita uma avaliação clínica e outros exames laboratoriais para garantir a segurança dele e do paciente. O transplante pode ser por aférese, que dura cerca de 4 a 5 horas, ou coleta de células por meio de punção de medula óssea em centro cirúrgico, quando se colhe a medula de dentro do osso.

“Temos uma legislação rígida para a avaliação da dos doadores. Caso qualquer ressalva seja identificada, não é possível realizar a coleta”, informa Schmidt.

COMO SE TORNAR DOADOR

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas outras complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso. O primeiro passo é realizar o cadastro no hemocentro mais próximo de sua casa, onde será feita a coleta de amostra de sangue (10ml) para o exame de compatibilidade (HLA). Na cidade de São Paulo, o cadastro pode ser realizado no Hospital São Paulo - Unifesp (Rua Dr.° Diogo de Faria, nº 824) e no Hemocentro da Santa Casa de São Paulo (Rua Marquês de Itu, 579).

Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME (Link). Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário será consultado para decidir quanto à doação. Para seguir com o processo serão necessários outros exames e avaliação clínica de saúde. Só então ele é chamado para um centro de coleta – o A.C.Camargo Cancer Center realiza o procedimento. O material pode ser enviado para o paciente da mesma cidade, país ou até fora do Brasil. Veja passo a passo na imagem abaixo.

 

Sobre o A.C.Camargo Cancer Center

Inaugurado em 1953, o A.C.Camargo Cancer Center tem uma trajetória grandiosa no combate ao câncer, por ser um centro integrado de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer, referência internacional e modelo sustentável de atuação social.

Os pacientes recebem assistência integrada e humanizada, desde o diagnóstico até a reabilitação. Na área da pesquisa, atua para ampliar o conhecimento e gerar descobertas que representem avanços no tratamento, diagnóstico e prevenção da doença. Na área de Ensino é a principal instituição formadora em oncologia do país.

Ao todo, são mais de 5 mil profissionais engajados com o propósito de combater o câncer paciente a paciente.