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IA, ChatGPT: ameaça ou oportunidade para empresas de tecnologia?

 

Co-fundada pela Fisher Venture Builder, a Beaver - startup deeptech que traz modelos de inteligência artificial treinados especificamente para a tarefa de analisar documentos jurídicos em português, analisa a evolução do ChatGPT

 

O CTO e co-fundador da Beaver, Rogério Bromfman afirma que é natural imaginar que o ChatGPT vai “roubar” o mercado de startups de IA, se uma empresa desenvolve um chatbot, por exemplo, por qual razão seus clientes continuarão contratando o serviço se podem plugar a API do ChatGPT, direto no site deles?

 

Dificuldade de implementação

 

“Eu vejo alguns motivos para isso não ser uma ameaça, pelo menos no curto e médio prazo para as startups que já operam neste segmento. A implementação da API do ChatGPT não é trivial. No exemplo da startup de chatbots, para usar o sistema para responder perguntas de seus clientes, o ChatGPT precisa ter acesso à documentação do seu produto e a uma base de dados de perguntas frequentes”, explica o co-fundador.

 

No caso da Beaver, há leituras de matrículas imobiliárias (entre outros documentos), que extraem mais de 50 campos diferentes. Cada matrícula é única, então as perguntas que deveriam ser passadas pelo modelo, variam de acordo com o contexto. “Usar o ChatGPT para isso, provavelmente tomaria mais tempo do que o usuário simplesmente ler a matrícula. Nosso sistema usa uma sequência de 30 modelos diferentes para conseguir realizar bem esta tarefa. Além disso, entregamos ferramentas que facilitam muito a manipulação dos dados extraídos”, compara Rogério.

 

Segundo o co-fundador, é possível, mas complicado passar este conhecimento como parte do prompt (a instrução dada ao modelo dizendo o que você quer gerar) para API. No caso da análise de sentimentos, precisa ainda de um sistema capturando os comentários das redes e passando para o ChatGPT analisar e nada disso é simples. “Isso não quer dizer que várias empresas não estejam olhando para este problema e tentando achar uma forma de se aproveitar dos avanços recentes dos modelos generativos. Se alguém fizer isso, aposto que será uma empresa que já tem experiência em usar produtos de IA” comenta o CTO.

 

Oportunidades

 

“Na Beaver, a primeira tarefa que demos para o ChatGPT foi a de ser “professor” de alguns de nossos modelos. A parte mais cara e demorada do treino dos modelos de IA é que precisamos de um volume grande de dados analisados e classificados por especialistas. Apesar do ChatGPT não conseguir uma acurácia tão certeira quanto a nossa, para algumas informações específicas o modelo é bom o suficiente para podermos usar suas respostas nos nossos treinos, depois de passar por um processo de validação pelo nosso time de analistas, claro”, explica Bromfman.

 

Por outro lado, o GPT pode ser usado de forma eficiente para outros tipos de tarefas, por empresas de tecnologia ou não. A capacidade de gerar textos originais pode ser usada, por exemplo, para criar a documentação de um produto, preparar o texto de um site ou de posts para as redes sociais. Os modelos de linguagem podem até ser usados para traduzir um produto para outras línguas, facilitando a globalização da sua empresa. Estes são benefícios que qualquer empresa pode usufruir com certa facilidade.

 

Sobre a Beaver

Beaver possui modelos de inteligência artificial treinados especificamente para a tarefa de analisar documentos jurídicos em português. Alguns dos documentos que podem ser processados por estes modelos, são matrículas imobiliárias, contratos sociais e procurações. O sistema permite, de forma bastante simples, converter um PDF em dados estruturados. A empresa é especialista em Processamento de Linguagem Natural (NLP) para português jurídico. Os modelos usados, são de tecnologia de ponta e, portanto, avançam no mercado de NLP no país.

 

Sobre a Fisher

Fisher é uma Venture Builder que nasceu em 2017 e co-fundou 7 startups ao longo de sua história, construindo um portfólio de mais de R$ 300 milhões. É uma empresa líder e referência em Venture Building no país, que auxilia empreendedores e empresas a transformar conhecimentos e ativos estratégicos em negócios de tecnologia escaláveis. Sendo a primeira venture builder brasileira selecionada para a GSSN (Global Startup Studio Network), a mais renomada rede de Startup Studios do mundo.