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Defesa Civil faz balanço dos primeiros dias do ano

Deslizamentos de terra foram as ocorrências mais registradas


O estado do Rio de Janeiro vem sofrendo com fortes chuvas neste início de ano, o que tem gerado uma série de ocorrências que colocam a população em risco. Em Barra Mansa, a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), elaborou um relatório com os registros e as ações realizadas entre o dia 1° de janeiro e a tarde deste domingo, dia 08.
De acordo com o boletim, nestes primeiros dias de 2023 foram 24 ocorrências registradas, sendo seis (06) visitas técnicas, nove (09) por deslizamento e escorregamento de terra, três (03) quedas ou risco de queda árvores, duas (02) quedas ou risco de queda de muros, e uma (01) de poste, dois (02) riscos de desabamento de rua, uma (01) obra irregular e cinco (05) interdições.
"Nesta primeira semana de janeiro nós interditamos três imóveis no São Sebastião, um no Santa Inês e outro no Apóstolo Paulo, sendo este último referente a uma obra irregular. Em todos esses casos, os moradores afetados foram retirados, realocados e encaminhados para a Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, que assiste essas famílias e presta o apoio necessário”, detalhou João Vitor da Silva Ramos, coordenador da COMPDEC, acrescentando que a cidade possui equipamento de alerta à população.
“Atualmente nós contamos com 10 sirenes localizadas nos seguintes bairros: Boa Sorte, Boa Vista, Cotiara, Metalúrgico, Monte Cristo, Nova Esperança, Paraíso, Vila Coringa, Vila Nova e Vista Alegre. Esses equipamentos servem para alertar os moradores que se encontram em áreas já mapeadas pela Defesa Civil para os riscos de deslizamentos, escorregamentos, desabamentos, alagamentos e inundações”, explicou.

Vias com tráfego interrompido

Nas últimas 48 horas, a ocorrência mais grave foi registrada na Avenida Presidente Dutra (BR-116), no KM285 da pista sentido Rio de Janeiro, na altura do bairro Pombal, no distrito Floriano. No local houve deslizamento de terra e pedras que ocasionou o fechamento total da pista sentido Rio de Janeiro, na madrugada de sábado (dia 07). “Este registro foi conduzido pela CCR RioSP, que administra a rodovia, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mas devido ao grande número de chamados que recebemos, nossa equipe se deslocou ao local e realizou uma avaliação preliminar. Constatamos que no momento a situação estava estável e que havia uma equipe técnica da empresa trabalhando para resolver a situação”, disse o coordenador da Defesa Civil.
Como reflexo desta ocorrência, vários motoristas tentaram desviar o trânsito por estradas rurais e vias urbanas, ocasionando uma série de transtornos ao município.
“Tivemos registros de engarrafamento por toda a cidade e muitos condutores utilizaram rotas alternativas dentro de distritos da cidade. Alguns passaram pelas vias Quatis x Amparo x Santa Rita e Floriano x Rialto, que não comportam veículos pesados, principalmente neste período de chuvas e condições do solo. Neste sentido, tivemos o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Guarda Municipal para organizar o trânsito”, acrescentou João Vitor.
 A chuva também contribuiu para agravar a situação da Rua Mauro Granato, no bairro São Judas Tadeu, onde há uma obra para um muro de contenção, que está sendo executada pelo Governo do Estado. “Neste ponto da cidade pedimos o apoio da população para que evitem o trânsito. No local há uma rachadura no asfalto e é importante que haja o mínimo de fluxo de veículos possível para que a situação não se agrave. Nós fizemos o isolamento para que veículos pesados não trafeguem e comunicamos o caso às empresas de ônibus que atuam na localidade”, disse o coordenador da Fefesa Civil, acrescentando que a rota do transporte público já foi alterada.
“Os moradores, principalmente os usuários dos coletivos, devem ficar atentos. A empresa de ônibus que fazia o itinerário São Judas x Boa Vista sofreu mudanças. Devido à situação da rua, a empresa nos informou que terá um veículo para atender o São Judas Tadeu e outro o Boa Vista, eles não irão cruzar os dois bairros”, explicou.

RJ-153, em Amparo

Ainda nesta semana, Barra Mansa também precisou interromper o tráfego de veículos pesados na RJ-153, no trecho da Serra da Mutuca, entre os distritos de Nossa Senhora do Amparo, em Barra Mansa, e Santa Isabel do Rio Preto, em Valença, que está parcialmente interditado. As chuvas recentes causaram o rompimento das manilhas na altura da região conhecida como Serra da Mutuca, fazendo com que grande volume de terra cedesse. “Nós seguimos monitorando. A área está sinalizada e os responsáveis pela estrada, que é de competência do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) já foram comunicados da situação e solicitamos a intervenção emergencial”, acrescentou.
Além do ocorrido na Serra da Mutuca, deslizamentos de terra foram registrados em outros pontos da RJ-153. “Neste sábado, dia 07, nós também identificamos deslizamentos de terra que obstruiu metade da pista e limitava o fluxo de veículos. Avaliamos o ocorrido e com o apoio das equipes do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e da Secretaria de Manutenção Urbana para a remoção do material”, disse.  

Rios dentro da normalidade

Apesar das chuvas intensas, até a tarde deste domingo, dia 08, não houve registros de alagamentos e transbordo de rios. “Nós estamos monitorando e não há alteração significativa, além disso, estamos sempre em contato com Furnas, que nos informou que estão operando dentro do limite. O Rio Paraíba do Sul está com sua cota atual em 2,46 metros, tendo como limite de segurança para transbordo  4,50m. O Rio Barra Mansa está com 0,73m e tem como limite de segurança de 1,80m, mas começa a transbordar com 2,50m. Já o Rio Bananal está em 1,35m, tendo o limite de segurança em 4,50m”, concluiu João Vitor.