Complicações decorrentes do excesso de pele podem ser resolvidas com a cirurgia reparadora. Médico explica como é feito o procedimento
A cirurgia bariátrica é um método que melhora as condições de saúde, proporcionando uma perda de peso significativa, que pode chegar a 70% ou mais do peso original. Em muitos casos, o emagrecimento rápido pode ter como consequência o excesso de pele. Para muitas pacientes, a flacidez pode desagradar e até mesmo causar uma limitação na rotina. Nesses casos, a cirurgia plástica reparadora pode ser necessária. O objetivo de melhorar o contorno corporal e pode ser feita em diversas partes do corpo. Dependendo das condições de saúde da paciente, até mesmo em um único procedimento, chamado de cirurgia combinada. “Hoje muitas pacientes tem a ideia de que a reparação pode ser feita apenas no abdome. Na verdade toda reparação pode ser realizada. Já tive pacientes que fizeram abdome, mama, coxas e braços, por exemplo”, explica o cirurgião Dr. Thiago Hayashi, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Quanto tempo esperar?
Geralmente, a maior perda de peso ocorre nos primeiros 12 meses após a bariátrica. O momento ideal para a cirurgia plástica é quando o objetivo de perda de peso foi atingido ou quando ocorrer a estabilização.
“As pessoas ficam muito focadas no tempo, mas sempre recomendo focar na estabilização do peso. Quando a paciente para de emagrecer nos últimos 3 meses, já é um bom prazo. Tem pacientes que chegam nisso com 7 meses apenas, por exemplo”, pontua o cirurgião.
Cobertura das cirurgias
A cobertura das cirurgias reparadoras pleno plano de saúde está prevista pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
As cirurgias reparadoras pós-bariátrica também podem ser feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Só para se ter uma ideia, dados do Ministério da Saúde mostram que foram realizadas 11.402 bariátricas no SUS e 1.356 plásticas reparadoras no Brasil em 2018.
Saúde e bem estar
A cirurgia pode ajudar a resgatar a autoestima dos pacientes. “Os pós bariátricos muitas vezes são pouco compreendidos. Pessoas próximas e, às vezes, até a família, os taxam como eternamente insatisfeitos. Falas como "Já emagreceu e ainda não está satisfeita?!" são comuns. Mas o corpo dessa paciente pode ter muitas deformidades que podem atrapalhar a saúde física e até mental, podendo trazer depressão ou crises de ansiedade. A cirurgia reparadora é fundamental para essas pacientes”, cita Dr. Thiago Hayashi.