Audiência Pública na Câmara Municipal marca o início do movimento das
entidades pelo projeto de Lei
Uma Audiência Pública foi realizada na última semana, na Câmara
Municipal de Volta Redonda, com a participação de representantes dos
movimentos sociais e instituições da sociedade civil. O objetivo é a
construção do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTI+. Sob
a coordenação da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e
Direitos Humanos (SMDH) e Centro de Cidadania Estadual LGBTI+, o
evento teve o objetivo de preparar o projeto de lei para criação do
conselho.
Dezenas de entidades e cidadãos comprometidos com a garantia da
liberdade, igualdade, dignidade e direitos das pessoas abriram este
primeiro debate na Câmara Municipal. A assessora da Divisão de
Políticas para a Promoção da Diversidade de Gêneros da SMDH, Regina
Céli, fez a apresentação da audiência pública e direção dos trabalhos.
A secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos,
Glória Amorim, informou aos participantes que o prefeito Antonio
Francisco Neto deu total apoio para que o futuro conselho seja
aprovado, sendo um importante instrumento que vai orientar as
políticas públicas para a comunidade LGBTI+.
?Esta audiência é o ponta pé inicial na construção desse Conselho
Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTI+, que vai apontar as
políticas públicas no município para fazer a inclusão social dessa
população. Volta Redonda é um município democrático, progressista e
temos que colocar o conselho em funcionamento. O primeiro momento é
construir e fortalecer o conselho. O prefeito Neto disse que podem
contar com total apoio dele nas decisões?, afirmou Glória Amorim.
A presidente do Conselho Estadual LGBTI+, Maria Eduarda, que é uma
mulher trans, destacou que o conselho atua como local de articulação
de políticas públicas no município e no Estado, visando mobilizar a
comunidade em lutas e campanhas para reduzir a violência por
homofobia, buscando conscientizar a sociedade a respeito dos direitos
das pessoas LGBTI+.
?Nós temos o direito de estudar, de trabalhar e ganhar salários,
direitos a moradia, saúde, educação, segurança como qualquer pessoa.
No país, 90% das pessoas LGBT estão fora do mercado, sem
oportunidades. O conselho vai ajudar para que as políticas saiam do
papel e sejam realizadas, favorecendo a população LGBT. O Estado não
pode nos discriminar e o conselho funcionando é peça chave para
avançar em políticas de inclusão?, ressaltou.
Também participaram da audiência pública os vereadores Vampirinho e
Raone Ferreira; a coordenadora do Centro de Cidadania LGBTI+ do Médio
Paraíba, Talita Maia; a assistente social Luciana Carvalho,
representando o deputado estadual eleito, Munir Neto; o advogado João
Catta Preta, da comissão de Direitos Humanos da OAB-VR; estudantes
universitários de Psicologia da FASF (Faculdade Sul Fluminense).
Estiveram presentes ainda representantes da Cooperativa Folha Verde
(resíduos recicláveis/coleta seletiva); do Coletivo Sentinela da
Aldeia; da Pastoral Educacional da Diocese de Barra do Piraí-Volta
Redonda; do Coletivo Mães Pela Resistência; do Sindicato Estadual dos
Profissionais da Educação; do Coletivo Movimento Frente Pela
Diversidade; entre outros convidados.