Prefeitura de Resende, por meio da Defesa Civil do Município, ganhou certificado de adesão após credenciamento, apresentando o Plano de Contingência como uma das boas práticas neste processo
Resende rumo ao título de cidade resiliente pela ONU (Organização das Nações Unidas), que reconhece a sua capacidade de atuar de forma imediata diante de eventos da natureza e de origem tecnológica ou antrópica (humana). Para isso, o município deu um importante passo ao aderir à campanha “MCR2030 – Construindo Cidades Resilientes” liderada pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos (UNDRR). A Prefeitura de Resende, por meio da Diretoria de Defesa Civil do Município, ganhou o certificado de adesão à campanha após credenciamento, apresentando o Plano de Contingência como uma das boas práticas neste processo. O Plano de Contingência de Resende já integrava o Banco de Boas Práticas em Ações de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), do governo federal.
A Diretoria de Defesa Civil de Resende é o órgão responsável por instruir a população em casos de emergência e calamidades públicas, realizando a desocupação das áreas atingidas, além de desenvolver atividades preventivas, como mapeamento de áreas de risco, acompanhamento meteorológico, entre outras funções.
O diretor-geral da Defesa Civil de Resende, Flávio Germano da Silva, destacou a importância da atuação do órgão para a população.
— Entre as atribuições da Defesa Civil, podemos citar as de caráter preventivo, que incluem orientação aos moradores, vistorias, notificações de interdição, desocupação, demolição e remoção das pessoas para locais seguros. A equipe da Defesa Civil tem recebido vários treinamentos nos últimos anos, visando aprimorar as ações de rotina e abordagem técnica nas operações. Todas as ações da Defesa Civil são apoiadas por outros órgãos e secretarias do governo municipal, com a execução de atividades de simulados e força-tarefa, com o principal objetivo de garantir o bem-estar da população. A Defesa Civil do Município vem trabalhando de forma contínua com campanhas educativas que buscam a conscientização em todos os níveis, adotando, desta forma, parcerias com as secretarias municipais, além do apoio das lideranças nos bairros. A integração entre a Prefeitura e a sociedade civil é primordial para alcançar o reconhecimento de cidade resiliente. Para atingir a meta, foi realizada a inscrição na campanha nos seguintes passos: avaliação da etapa; envio da carta de compromisso para a Secretaria Regional para as Américas e Caribe MCR2030 e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, parceira da iniciativa; e criação do perfil no Painel de Informação da MCR2030 – reforça.
O diretor-geral Flávio Germano da Silva acrescentou quais serão as vantagens da conquista do título de cidade resiliente pela ONU.
— A campanha é uma iniciativa global que tem a finalidade de promover a resiliência local por intermédio da defesa política, da troca de conhecimentos e experiências e do estabelecimento de redes de aprendizagem entre as cidades, viabilizando, simultaneamente, o fortalecimento das capacidades técnicas, a conexão de vários níveis de governo, o uso de tecnologia compartilhada e as alianças estratégicas para reduzir os riscos de desastres naturais, tais como: tempestades; enchentes; e deslizamentos de terra, entre outros. Facilita o acesso às ferramentas de conhecimento, ao diagnóstico, ao monitoramento e aos relatórios. Os municípios devem estar preparados para ações mais imediatas diante de cenários de emergência isolados, catástrofes e fenômenos naturais, que exponham a população a situações de vulnerabilidade. A informação tem papel importante nesta caminhada, pois agrega agilidade e desburocratização de serviços. O sistema de geoprocessamento, por exemplo, traz múltiplos dados que ajudam nos mais diversos setores, tanto governamentais quanto para os cidadãos e profissionais, levando à tomada de decisões mais precisas e gerando previsões, investimentos e sustentabilidade.
Vale lembrar que o objetivo de MCR2030 é assegurar que as cidades sejam mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis até 2030, contribuindo diretamente para a realização do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e de outras iniciativas globais, como o Marco de Sendai para Redução de Risco de Desastres, o Acordo de Paris e a Nova Agenda Urbana. Para ser classificada como cidade resiliente, existem outros pontos em análise: a qualidade de vida dos habitantes por meio da inteligência e planejamento; participação popular; aperfeiçoamento de gestão de recursos hídricos: e investimentos.
