Vazamento de gás: adiamento de inspeção aumenta risco de acidentes
Por conta da pandemia, o prazo para sua realização foi adiado para 2023

Recentemente, acidentes ocasionados por vazamento de gás acabaram em tragédias e mortes. Em junho do ano passado, um casal foi encontrado morto em um prédio no Leblon, em consequência desse tipo de problema. Já neste ano, incidente similar resultou em explosão, incêndio e vítimas fatais num prédio em Nova Iorque. O coordenador da Cipa Síndica, Bruno Gouveia, aponta que a Lei Estadual 6.890/214, aplicada no Rio de Janeiro, determina que o usuário deve fazer uma inspeção a cada cinco anos. Essa exigência acabou sendo prejudicada por conta da pandemia e o prazo para sua realização foi adiado para 2023.
 

- Essa vistoria deve ser contratada pelo próprio morador e feita por empresa credenciada junto ao Inmetro. O ideal seria a manutenção acontecer a cada ano em fogões e aquecedores de uso domiciliar e semestral, no caso dos aparelhos de uso comercial -- explica Gouveia.
 

Para o coordenador da Cipa, os síndicos, neste caso, devem apelar para a conscientização dos condôminos, incentivando a realização da manutenção preventiva.
 

- Nos prédios mais antigos, onde os aquecedores costumam ficar dentro do boxe do banheiro, é preciso haver modificação na instalação. Os moradores precisam ser avisados dessa necessidade -- aconselha Gouveia.
 

O sócio-gerente da OTN Gás, Eduardo Cunha, destaca que o aquecedor do banheiro é um ponto sensível, que precisa estar no radar de atenção tanto do morador quanto do síndico.
 

- Aquecedor dentro do boxe não é mais permitido. O morador precisa ser orientado a deslocar o aparelho para um local mais arejado. Esse é um problema que gera muitos acidentes, alguns fatais. Existem ainda muitos bainheiros com pouca ventilação e isso acaba sendo um fator de risco imenso -- ressalta Cunha.