profissional para ingressar no mercado de trabalho
Com o objetivo de contribuir com a reinserção social de flanelinhas e
pessoas em situação de rua, a Prefeitura de Volta Redonda, através da
Secretaria Municipal de Ação Comunitária (SMAC), está criando o
projeto Cidadão VR. Com duração de três meses, o projeto vai
oportunizar qualificação profissional, formação escolar, inserção no
mercado de trabalho formal e acesso aos direitos fundamentais desses
usuários.
Com capacidade para atender até 60 pessoas, o Cidadão VR já tem 29
interessados. Nesse primeiro momento, a SMAC está conversando com o
público-alvo e criando um cadastro de pessoas que queiram participar
da iniciativa. A previsão é que a aula inaugural aconteça no dia 10 de
março, e que no dia 14 inicie as oficinas profissionalizantes e as
aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Todos os inscritos terão acesso, durante os três meses de período de
capacitação profissional, a uma bolsa no valor de meio salário mínimo,
transporte, três alimentações no local (café da manhã, almoço e lanche
da tarde), além de uniforme e Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs).
Entre os cursos que serão oferecidos, estão os de Pintura Predial,
Hidráulica, Pedreiro de acabamento e Pedreiro de Alvenaria. No período
inverso aos cursos acontecem as aulas do EJA, que tem como proposta, o
inicio da formação escolar, nivelando todos os usuários. As aulas
acontecem no Centro de Qualificação Profissional Aristides de Souza
Moreira, que fica no bairro Aero Clube.
Segundo o secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco, a
administração municipal está buscando parcerias com a iniciativa
privada para que, após a conclusão dos cursos, os participantes possam
ser inseridos no mercado de trabalho.
?Estamos unindo forças para que possamos tirar essas pessoas da rua,
através de ações integradas com outras secretarias, como a educação,
por exemplo. Além disso, contamos, mais uma vez, com a ajuda da
iniciativa privada que sempre foi nossa parceira?, disse Munir.
*Rede de Atendimento*
Volta Redonda possui uma Rede Municipal de Atendimento à População em
Situação de Rua estruturada, considerando o fluxo de pessoas
utilizando os logradouros públicos como moradia temporária ou em
trânsito.
Por localizar-se em uma região estratégica e ser considerada uma
cidade de grande porte, Volta Redonda acaba se tornando atrativa para
migrantes, que demandam atendimento especializado, principalmente em
decorrência dos impactos socioeconômicos durante a pandemia.
Entre os equipamentos que compõem a rede de assistência, estão o
Centro Pop, o Serviço de Abordagem, Abrigo Municipal Seu Nadim, a
parceria com o abrigo SOS, além de o município oferecer passagem para
que o migrante volte para a sua cidade de origem.
*Público-Alvo*
Pesquisas em âmbito nacional apontam para um perfil para essa
população, que apesar de mudanças recentes em virtude da pandemia
causada pelo novo coronavírus, retrata a realidade de um segmento
composto majoritariamente por pessoas do sexo masculino, negros e
pardos, jovens, que apresentam histórico de conflito familiar,
vulnerabilidade social acirrada pelas taxas de desemprego ou uso
abusivo de substâncias psicoativas.
A população em situação de rua em Volta Redonda apresenta um perfil
similar, de acordo com os dados apresentados pelos serviços
especializados da Assistência Social da cidade.