A manutenção das fachadas dos prédios vai muito além de uma questão estética e preservação do patrimônio. Ela pode evitar acidentes com transeuntes, que podem gerar multas e processos contra os condomínios. Há casos de pessoas atingidas por pedaços de fachada que, depois, lutam contra sequelas por muito tempo e outras que chegam até mesmo a falecer. Para o coordenador da Cipa Síndica, Bruno Gouveia, esse é um problema que exige muita responsabilidade de síndicos e administradores.

- A falta de manutenção e reforma da fachada, na verdade, coloca todos em risco. Além de provocar acidentes graves, gera uma série de problemas estruturais no próprio prédio, como infiltrações, proliferação de mofo etc. E os custos de uma obra tendem a aumentar muito quando os reparos são adiados ou simplesmente negligenciados - explica Gouveia.

Ele lembra que a estrutura da fachada está sempre exposta a agressões constantes, como o clima, o trânsito pesado de veículos e a própria movimentação estrutural do edifício.

- Podemos comparar um prédio a um carro. Quanto mais seguimos o plano de manutenção do fabricante, menos problemas teremos com o veículo. Apenas fazer remendos aos sinais de infiltração não resolve o problema. Pelo contrário, aumenta o risco de acidentes, expõe o condomínio a situações graves e aumenta o custo de uma intervenção mais segura - detalha Gouveia.

Para o coordenador da Cipa Síndica, o problema exige que seja contratada uma empresa especializada em manutenção de fachadas.

- Não pode haver improviso ou amadorismo. A queda de uma placa da fachada é algo muito perigoso e grave. Além de maior segurança, essa é uma medida que reduz custos e, esteticamente, gera valorização do condomínio. A prevenção é sempre o melhor caminho.