Cerca de 15 capitais no Brasil fecharam outubro com chuva acima da média, e valores históricos foram registrados nas capitais do Sudeste.
O mês de outubro foi marcado pela regularização da chuva em diversas áreas do Brasil, que se tornou mais frequente e regular sobre tudo em áreas que passam por um período crítico de estiagem, como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal e Mato Grosso. Ainda sim, é cedo para dizer se retornaremos a uma situação confortável no futuro em relação aos níveis dos reservatórios de abastecimento, uma vez que seria necessário vários meses de chuvas regulares e volumosas, caindo nos lugares certos, para reverter completamente o quadro de crise hídrica.
Durante o mês diversos fenômenos chamaram atenção, como as nuvens de poeira registradas no Mato Grosso do Sul em 15/10, às geadas tardias que tomaram conta da serra catarinense na última semana do mês, e também inúmeros temporais que deixaram rastros de destruição em diversas regiões do Brasil.
Cerca de 15 capitais brasileiras registraram volumes de chuva acima da média ao longo do mês, são elas: São Paulo, Rio De Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Florianópolis, Curitiba, Campo Grande, Goiânia, Salvador, Teresina, São Luís, Belém, Manaus, Boa Vista e Macapá. Mesmo com pouca chuva registrada em São Luís (cerca de 32mm), há 10 anos a capital não registrava acumulados de chuva acima dos 5mm em um mês de outubro.
Já Porto Alegre, Cuiabá, Brasília, Aracaju, João Pessoa, Recife, Maceió, Fortaleza, Rio Branco e Palmas registraram volumes de chuva abaixo da média, com destaque para Fortaleza, que mal chegou a acumular mais de 10mm de chuva no último mês.
De acordo com os dados da estação meteorológica convencional do INMET (Santo Agostinho), o volume de chuva em Belo Horizonte chegou aos 240mm em outubro de 2021, sendo o maior acumulado de chuva desde 2009, ano do recorde histórico de precipitação, com 344,3mm acumulados. Outubro de 2021 também é o sétimo mais chuvoso na capital mineira em 112 anos de medições do Inmet. Além disso, choveu mais do que o dobro da média histórica para outubro, igual a 104,7mm.
Em outubro de 2021, o acumulado de chuva alcançou 397,5mm na estação convencional de Vitória(ES), quase o triplo da média Climatológica, igual a 122,7mm. Esse é o segundo maior volume de chuva registrado desde o ano de 1992 (29 anos), perdendo somente para 2009 quando o acumulado chegou a 406,4mm na capital capixaba.
De acordo com os dados da estação automática do Inmet, localizada na Vila Militar (Rio de Janeiro), os volumes de chuva em outubro de 2021 alcançaram os 132,2mm na capital fluminense, sendo o maior acumulado de chuva para um mês de outubro em 12 anos (desde 2009), quando o volume chegou aos 134,2mm.
Pela estação meteorológica convencional do Inmet, a cidade de Macapá acumulou cerca de 91,2mm de chuva em outubro de 2021, sendo o outubro mais chuvoso em 10 anos, desde 2011 quando os acumulados chegaram aos 129,7mm na capital.
Em Teresina a chuva foi atípica em outubro de 2021, acumulando cerca de 57,8mm de chuva, de acordo com a estação meteorológica automática do Inmet localizada na cidade. O valor corresponde a mais do que o dobro da média climatológica de outubro, igual a somente 19,5mm.
Com os efeitos do La Niña já sendo sentidos em algumas áreas do Brasil, a chuva deixou a desejar na capital gaúcha em outubro de 2021. Os acumulados chegaram a marca de somente 64,8mm, sendo o menor volume registrado para um mês de outubro dos últimos 11 anos.
Sobre a Climatempo
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Em 2015, investiu na instalação do LABS Climatempo, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), que atua na pesquisa e desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Em 2019, a Climatempo passou a fazer parte do grupo norueguês StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão, e dois anos depois, em 2021, uniu-se à Somar Meteorologia, formando a maior companhia do setor na América do Sul. A fusão das duas empresas impulsiona a Climatempo a ser protagonista global de fornecimento de dados e soluções para os setores produtivos do Brasil e demais países da América Latina, com capacidade de oferecer informações precisas de forma mais ágil e robusta.
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