Pasta lembra que combate ao fogo é um problema de todos e orienta para que a população ajude denunciando

 

Temperaturas acima dos 30º C, baixa umidade do ar e ventos com velocidade acima de 30 km/h. Esses são fatores de risco, e comuns nesta época do ano, que tornam os incêndios em vegetação mais perigosos e de difícil controle. Para auxiliar no combate, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) pede ajuda da população, denunciando focos de incêndios e até mesmo informando a prática ilegal de atear fogo em lixo doméstico em áreas próximas de florestas ou matas. Por lei, provocar queimadas em mata ou floresta é crime, que pode resultar em pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa.

 

O subsecretário de Meio Ambiente de Volta Redonda, Anderson Silva de Azevedo, disse que ao identificar as queimadas, tanto a Prefeitura quanto à Polícia Ambiental têm competência legal para fiscalizar e autuar. Ele destacou que é importante denunciar para que o combate preventivo ao crime aconteça.

 

“É importante denunciar focos de incêndios e até mesmo informando sobre a ação de pessoas queimando lixo doméstico próximo a florestas ou entrando em matas com produtos inflamáveis. Para denunciar, a população pode ligar para o telefone: (24) 3350-7123. O denunciante não precisa se identificar, mas é importante que dê o maior número de detalhes possível, como: ponto de referência e número próximo para que os fiscais, Corpo de Bombeiros ou Polícia Ambiental possam encontrar o local e tomar as devidas providências”, orientou Anderson.

 

Além da lei federal, Volta Redonda conta com um código ambiental municipal que prevê punição para quem provoca queimadas ao ar livre, com pagamento de multa de R$ 1.976,00.

 

“As pessoas volta e meia ateiam fogo em áreas por onde transitam, para facilitar o acesso, outras para promover limpezas e por vezes as queimadas são acidentais, porém, todas são extremamente danosas ao meio ambiente. Em áreas de mata a recuperação dessas queimadas pode chegar a mais de 20 anos”, alertou o subsecretário municipal de Meio Ambiente, completando: “Os incêndios provocam diversos prejuízos ao meio ambiente, favorecem o aquecimento global, intensificam a erosão no solo, destroem a fauna e flora, dificultam a absorção de água pelo solo, fomentam o aumento de inundações e poluição de nascentes”.

 

As queimadas também fazem mal a saúde, especialmente de crianças e idosos. A fumaça proveniente pode causar tosse seca, dor e ardência na garganta, dificuldade para respirar, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos, cansaço e dor de cabeça. A fumaça também agrava doenças respiratórias prévias, como asma, bronquite e rinite, entre outras em alguns casos, ela pode até mesmo desencadeá-las em indivíduos sadios. Problemas cardiovasculares, pneumonia, insuficiência respiratória e até risco de câncer também integram a lista dos malefícios causados pelas queimadas.

 

“Por causa das queimadas, as unidades de emergência e serviços de saúde tendem a se sobrecarregar. Por afetar o sistema respiratório, as partículas presentes na fumaça podem piorar o quadro de pacientes com Covid-19, levando a complicações mais sérias e até a morte”, finalizou Anderson.