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MOBILIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA EM RESENDE FAZ MUNICÍPIO ATINGIR MENOR ÍNDICE DE SÍFILIS CONGÊNITA EM SÉRIE HISTÓRICA


Índice de incidência em nascidos vivos registra queda de 72% de 2018 para 2019  

A saúde pública de Resende vem se mobilizando para reduzir os casos de sífilis no município. Os resultados já estão sendo colhidos com o fechamento dos números de 2019. No ano passado, Resende registrou o menor índice de sífilis congênita por nascido vivo desde o início da série histórica, em 2014. A sífilis congênita é a doença contraída através do contagio de mãe para filho na gestação.  
De acordo com dados da secretaria municipal de Saúde, de 2018 para 2019 o índice caiu de 3.3% para 0.9%. Este número é calculado com base no número de nascidos vivos e o número de casos de sífilis congênita em cada ano. Em 2019 foram 1147 nascidos vivos e 12 casos registrados. Já no ano anterior, de 1238 nascidos vivos, 41 casos foram registrados.  
O secretário municipal de Saúde, Alexandre Vieira, afirmou que a queda nos índices teve como fator importante a mobilização da gestão pública, através da superintendência de Atenção Primária em Saúde. Os números alarmantes até 2018, segundo ele, fizeram com que a gestão tomasse as devidas providências para o controle da doença.  
- Em 2018 foi traçado um plano de enfrentamento à sífilis, devido aos números desfavoráveis. A partir deste ponto, todas as 36 unidades básicas de saúde foram visitadas, inclusive as da zona rural, para um levantamento de todas as gestantes diagnosticadas com sífilis. Com os números e os dados de cada gestante em mãos, passamos a controlar de forma centralizada e detalhada o tratamento e a rotina dessas mulheres. Isso teve um impacto muito positivo, tanto que os números registraram uma queda muito significativa no ano seguinte - explicou o secretário.  
O resultado, inclusive, representa o fim de um crescimento nos índices que acontecia desde 2016. O ano de 2019 também foi significativo para o número de gestantes infectadas com a sífilis. Em 2015, o índice era de 2.2%, seguindo de 2.6%, 3.0% e 3.9% nos anos seguintes. Em 2019, pela primeira vez, desde então, o índice recuou para 3.2%.   
A enfermeira obstétrica Andrea Millen Penedo Maciel, responsável pela coleta de dados nas unidades junto da enfermeira Nicole Cleidiane Minuto de Oliveira, falou sobre a expectativa para os próximos anos no combate à sífilis em Resende.  
- O objetivo é diminuir não só os casos de Sífilis Congênita, que são os recém nascidos infectados, mas também os casos de sífilis na Gestante, através do trabalho de Prevenção de Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Também é fundamental o oferecimento do teste rápido para as mulheres em idade fértil para que não cheguem na gestação com a doença e possam ser tratadas preventivamente para evitar a sífilis congênita - ressaltou Andrea.