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A folia ainda não acabou: tradicional bloco encerra o Carnaval de Resende-RJ, no próximo sábado, dia 29.


Bloco "Que Horas Passa O Vicentina? faz a ressaca do Carnaval  2020        

Criado há sete anos pelo jornalista e radialista Mauro Campos, o Chocolate, o Bloco Que Horas Passa O Vicentina? encerra oficialmente a Folia de Momo 2020, em Resende, no Sul do Estado do Rio. O pós-carnaval de Resende surgiu em 2013 com o já extinto bloco Suvaco da Ponte, para dar oportunidade àqueles que, por motivos profissionais, não podiam se divertir ou se alegrar durante a festa mais popular do país, o Carnaval. 
O Que Horas Passa O Vicentina? tem estilo "concentra mas não sai" e convidou neste ano duas agremiações para participações especiais no evento: o Bloco Carnavalesco Tamborim de Ouro, da Vila Araújo, projeto social onde meninos e meninas, de várias idades, aprendem a tocar instrumentos de percussão, com destaque para uma ala formada só por meninas tocando tamborim e o Bloco Recreativo de Embalo da Grande Alegria, o Bloco do Brega, com sua bateria show, que promete não deixar ninguém parado. 
No seu "minuto de barulho" o bloco prestará uma homenagem ao historiador Claudionor Rosa, padrinho da agremiação, morto em Março do ano passado. 
Em 2019 o bloco teve como tema “Para a mulher amor e flor, nunca a dor”. E em 2020 seguirá a mesma linha de pensamento, dando continuidade à campanha contra o feminicídio e pelo fim da violência contra a mulher e usará o tema: “Quem ama cuida. Não fere, não bate, não mata”.
E como essa é a festa mais democrática do planeta, com ou sem o tradicional abadá, tendo trabalhado ou não no Carnaval, todos que comparecerem e seguirem as regras do bloco, que são: alegria, bom humor, camaradagem e respeito, serão bem-vindos e serão considerados integrantes do Que Horas Passa O Vicentina? 
pós-carnaval acontece neste sábado, dia 29, de 14 h às 19 h, na Praça da Bandeira, próximo à Praça do Trenzinho, no bairro Campos Elíseos, com total apoio da Prefeitura de Resende, que disponibilizará palco, som, banheiros químicos para maior comodidade dos foliões e guardas municipais para atuar no ordenamento do trânsito. O reforço na segurança do evento será feito por agentes do 37° Batalhão de Polícia Militar. 

Bloco Que Horas Passa O Vicentina?
Como surgiu, sua história e seu objetivo.
Em 1962 o garçom Isaías Pereira da Silva, o Batata, um apaixonado pelo Carnaval resolveu inovar. Por força da sua profissão, Batata trabalhava os quatro dias da festa de Momo e não aproveitava um dia sequer. Foi então que ele resolveu criar um bloco que desfilasse na quarta-feira de Cinzas, quando ele já estaria livre das suas funções de garçom. A adesão foi rápida e em massa de profissionais de diversas áreas que também não podiam brincar o Carnaval. Surgiu então o Bloco de Carnaval Bacalhau do Batata, que tradicionalmente desfila até hoje pelas ladeiras históricas de Olinda, em Pernambuco.

Do amor pela folia de Momo, surgiu o pós Carnaval de Resende. 
Em 2013, com o intuito de proporcionar um pouco de diversão para aqueles que não podiam aproveitar o Carnaval, o empresário Bruno Ferreira que também trabalhava durante a folia, resolveu criar um bloco, o Suvaco da Ponte, que sairia no sábado após a quarta-feira de cinzas. Dessa ideia originou-se o Pós Carnaval de Resende.
No ano seguinte, 2014, o Suvaco da Ponte ganhou a companhia de mais um bloco, o Que Horas Passa O Vicentina? criado pelo jornalista e radialista Mauro Campos, o Chocolate.
Com o fim do bloco Suvaco da Ponte, o Pós Carnaval de Resende, desde 2016 é realizado pelo bloco Que Horas Passa O Vicentina?
 Como nasceu o Que Horas Passa O Vicentina?
 O historiador e profundo conhecedor da história da música brasileira e dos carnavais, Claudionor Rosa, assim definiu o Bloco Que Horas Passa O Vicentina?:
 - “Iniciativa oportuna, popular e muito bem bolada. Coisa do Chocolate."
O jornalista e radialista Mauro Campos - o Chocolate, morador do bairro Cidade Alegria, sempre ouvia dos motoristas de ônibus, nas suas idas para o trabalho, que não tinha uma viagem sequer que alguém não os perguntasse sobre o horário do ônibus que ia para o bairro Vicentina. Numa dessas viagens, no trajeto Cidade Alegria - Campos Elíseos e num feriado nacional, o assunto no interior do coletivo era justamente isso: a quantidade de vezes, que os motoristas eram indagados sobre o horário do “Vicentina.” Foi quando, de repente, uma senhora deu sinal para o ônibus no momento em que ele já estava passando pelo ponto onde ela estava. O motorista deu uma freada brusca no veículo. Era feriado e a coitada estava cheia de bolsas. Ela, já de idade, veio esbaforida em direção ao coletivo. O motorista, em tom de brincadeira disse:
- “Só falta ela vir perguntar que hora passa o Vicentina.”
Ele abriu a porta e a senhora, então, perguntou:
- “Moço... Que horas passa o Vicentina?”
 O riso foi geral! Pronto! Nasceu ali e dali a ideia de se criar um novo bloco de Carnaval, com todos os ingredientes que um bloco deveria ter: alegria, bom humor, respeito e camaradagem.
Nasceu, então, o Bloco Que Horas Passa O Vicentina?
Ah, só um detalhe: onde a senhora estava não passava o Vicentina... 
 Um bloco de Carnaval com função social
O Que Horas Passa O Vicentina? possui um estilo diferente dos outros blocos. O evento, geralmente realizado no bairro de Campos Elíseos, em Resende, é feito no estilo “concentra mas não sai”, ou seja, seus integrantes não desfilam pelas ruas, como tradicionalmente acontece nos outros blocos.
E o bloco também não tem uma bateria ou banda. Sempre no período da tarde, chova ou faça sol, a festa é animada por um DJ, que toca sucessos de vários carnavais, num som mecânico. A cada ano, o evento conta com uma atração musical convidada ou uma bateria de escola de samba ou de outro bloco. E no pós Carnaval 2020 serão duas as atrações convidadas: o Bloco Carnavalesco Tamborim de Ouro, da Vila Araújo, que é um projeto social onde meninos e meninas aprendem a tocar instrumentos de percussão e o destaque é uma ala formada só por meninas tocando tamborim e o Bloco Recreativo de Embalo da Grande Alegria, o Bloco do Brega, com sua bateria show. Durante cinco horas de alegria e muita folia, os integrantes do bloco têm diversão sadia, ajudam no resgate da cultura popular e da tradição do Carnaval em família. Em 2019 o bloco teve como tema “Para a mulher amor e flor, nunca a dor”. E em 2020 o bloco seguirá a mesma linha de pensamento, dando continuidade à campanha contra o feminicídio e pelo fim da violência contra a mulher e usará o tema: “Quem ama cuida. Não fere, não bate, não mata”.
Ao invés de um minuto de silêncio para homenagear aqueles que ajudaram na criação ou na existência do bloco e que infelizmente já morreram, o Que Horas Passa O Vicentina? faz “um minuto de barulho”. E neste ano o grande homenageado será o historiador e padrinho do bloco, Claudionor Rosa, que morreu em Março do ano passado.
- Claudionor foi o primeiro a sacar que o bloco era zoação com alguma coisa. E não um bloco de protesto contra a empresa de ônibus que atua em Resende, como muitos acreditavam e acharam no início - segundo Mauro Campos - o Chocolate, o fundador do bloco.
Esse “minuto de barulho” acontece no momento da apresentação de uma das baterias das agremiações convidadas para o pós Carnaval.
O Pós Carnaval de Resende surgiu para dar oportunidade àqueles que, por motivos profissionais, não puderam se divertir ou se alegrar durante a festa de Momo. E como essa é a festa mais democrática do planeta, com ou sem o tradicional abadá, tendo trabalhado ou não no Carnaval, todos que comparecerem serão bem-vindos e serão considerados integrantes do bloco Que Horas Passa O Vicentina? O Pós Carnaval de Resende acontece no sábado, dia 29 de Fevereiro, das 14h às 19h, na Praça da Bandeira,