Prefeitura
substituiu operação em cinco linhas que eram atendidas pelos serviços
problemáticos da Sul Fluminense
Passageiros
das linhas municipais 300, 325, 400, 405 e 545 aprovaram a mudança promovida
pelo prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva. Antes operadas pela problemática
Viação Sul Fluminense, as linhas ganharam novos veículos e passaram a ser
administradas por empresas consorciadas ao Sindpass (Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros de Volta Redonda e Barra Mansa).
“Melhorou
muito. Na minha escola, Carlos Sarkis, no Coqueiros, duas secretárias saíram
porque não tinham ônibus. A empresa não aparecia nos horários determinados.
Elas não aguentaram a situação e pediram transferência para outra
unidade”,
disse a servente Josi Vitorino.
A
Prefeitura promoveu a mudanças nestas linhas em razão do alto número de
reclamações por mau atendimento, entre descumprimento de horários, constantes
atrasos e quebra de veículos. A medida também foi tomada de forma paliativa, já
que a administração municipal enfrenta uma grande batalha para licitar a
operação de ônibus, algo nunca realizado em Volta Redonda.
O
vigia noturno de uma fundação de ensino universitário, Ademar de Almeida Rocha,
gostou tanto da mudança no atendimento que consegue fazer ironia.
“Melhorou
foi muito mesmo. Ficou bom demais. Se antes tinham passageiros e faltava
transporte, agora sobra ônibus e faltam passageiros. A Vila Brasília e o
Coqueiros estão muito bem servidos com a nova empresa operando”,
comentou Ademar.
Morador
do Belo Horizonte, Jair de Oliveira Felicio é outro usuário que comemorou a
intervenção feita pelo poder público nas cinco linhas mais problemáticas e que
vinha causando insatisfação do cidadão.
“O
prefeito Samuca Silva está de parabéns porque teve coragem. Foi o único que
desafiou a empresa e viu o lado da população. Estou correndo atrás da STMU
(Secretaria de Mobilidade e Transporte e Mobilidade Urbana) para ver se essas
empresas também passam a atender o nosso bairro. A empresa fazia o que queria
com os passageiros e a prefeitura não podia deixar isto
continuar”,
enfatizou.
O
aposentado Ademir de Souza, o motorista de táxi Paulo Roberto Campos, a
professora Rose dos Santos, a doméstica Antonia Maria da Silva e a cozinheira
Edinei Alves, também concordam e enfatizam que a Prefeitura teve que tomar uma
posição justa para defender os interesses da população usuária do transporte
coletivo no município.
O
metalúrgico Jeferson de Souza afirmou que a empresa - que manteve as linhas 305
(Santa Rita do Zarur), 310 (Santa Rita do Zarur-Açude), 505 (Santa Rita de
Cássia-Conforto) e 550 (Siderlândia Circular) - terá que dar uma resposta
melhor para os passageiros nas linhas que manteve e que também são alvos de
reclamações.
“Estamos
de olho na Sul Fluminense. Ela não pode deixar quem trabalha, e depende dela,
esperando uma ou duas horas no ponto. Vamos aguardar para ver se ela melhora
agora os seus serviços ou vamos denunciar”,
disse Jeferson.
A
diretora de Transportes da STMU, Ana Maria Liége, analisou os resultados até o
momento, citando que a empresa terá mais veículos à disposição. “A
ideia é ela reforçar as outras linhas, colocando mais carros e remanejando para
as linhas que eram mais prejudicadas. A resposta até agora foi positiva.
Reduzimos sensivelmente o número de reclamações com a entrada em operação das
novas empresas. Evidente que este é um período de transição, há pouco mais de
uma semana, e as novas empresas estão pegando o ritmo. Mas a nossa fiscalização
é permanente com monitoramento das linhas pelo GPS, pelo Fiscaliza VR e pelos
nossos fiscais da Divisão de Fiscalização do Transporte Coletivo, nos pontos
finais das linhas”, concluiu.