Índice de infestação do aedes
aegypti aumenta no verão
Uma nota divulgada pelo Ministério da Saúde aponta o
Rio de Janeiro como um dos estados que poderão apresentar surto de dengue em
2020. No ano passado, o número de casos da doença aumentou quase 60% em relação
a 2018 em todo o território fluminense. No verão, a proliferação do aedes
aegypti tende a aumentar, devido às chuvas que formam poças de água parada,
ambiente propício para a do mosquito.
Em maio, a professora de biologia Mirian Reis,
moradora de Angra dos Reis, foi vítima da dengue. “No primeiro estágio da
doença, surgiu a dúvida entre o vírus da dengue e o da chikunguya. Foi, então,
realizado o exame que mede a quantidade de plaquetas e de leucócitos. Porém,
apenas após o sétimo dia de sintomas, o exame de sorologia pode comprovar que o
diagnóstico era de dengue”, contou.
Além da dengue, o aedes aepyti é transmissor da zika e
da chikungunya. O médico hematologista João Carlos Henriques, diretor do
Laboratório Exame, localizado em Barra Mansa, alerta para a importância do
diagnóstico preciso.
“Muitos sintomas,
sobretudo na fase inicial da chikungunya podem ser confundidos com a dengue,
como febre, dor nas articulações e prurido. No entanto, cada um dos
diagnósticos demanda um tratamento diferente. Essas semelhanças podem confundir
até mesmo os médicos. Por isso, nestes casos, o exame de sorologia é realizado
para analisar os anticorpos IgG (Imunoglobulina
G) e IgM (Imunoglobulina M) e chegar a um diagnóstico preciso. A análise é
feita através da coleta de sangue, de maneira rápida e quase indolor e o
resultado fica pronto em apenas duas horas ”, explicou.
A especialista em
administração condominial, Vanisi Ferreira, diretora da ACJ Condomínios,
localizada no Aterrado, em Volta Redonda, deu dicas de como prevenir a
proliferação do aedes aegypti em áreas abertas. “Os cuidados com a limpeza do
quintal e das áreas de uso comum devem ser redobrados nesta época de chuvas. A
única maneira de manter-se longe do mosquito, é acabando com qualquer foco de
infestação. É fundamental recolher qualquer recipiente que acumule água,
colocar areia no fundo dos vasos de plantas e cobrir piscinas caso elas estejam
há dias sem uso. É responsabilidade do síndico cuidar dessa região comum do
condomínio, assim como é responsabilidade do morado cuidar do apartamento, que
também pode ser um ambiente propício
para o mosquito”, destacou.