A questão da licitação de concessão da Rodovia Presidente
Dutra (BR-116) foi assunto da reunião que aconteceu hoje (22/01) na Associação
Comercial do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro. Além do deputado federal Delegado Antonio
Furtado, estiveram presente o secretário de Transportes do Estado, Delmo Pinho,
o prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, o procurador Geral de Barra Mansa,
Vasco Francisco Viana, e Antônio Cardoso, representando a Câmara dos Dirigentes
Lojistas (CDL) de Volta Redonda, todos
preocupados com a possibilidade da instalação de uma praça de pedágio em Floriano,
distrito de Barra Mansa .
- Assumimos uma posição favorável ao povo do Estado do Rio,
especialmente do Sul Fluminense. Não estamos contra o ministro Tarcísio, da
Infraestrutura, nem contra o Presidente Bolsonaro, apenas queremos que os entes
públicos e as concessionárias cortem despesas para não aumentar os custos e
repassá-los aos motoristas. Não aceitaremos, em hipótese alguma, prejudicar a
população e quem utiliza a rodovia - explicou o deputado Antônio Furtado.
Serão realizadas audiências públicas para que a população
possa conhecer o processo da concessão e também tenha a oportunidade de opinar
sobre as questões abordadas. Já estão marcadas uma em Angra dos Reis, no dia 03
de fevereiro, uma em Volta Redonda, no
dia 04 de fevereiro, e outra em São José
dos Campos, no dia 05 de fevereiro.
– É fundamental que o Estado do Rio nos represente em
Brasília, pois pleiteamos, inclusive, a diminuição dos valores de pedágio, que
este valor seja compartilhado com outras regiões e haja melhorias na qualidade
das vias públicas – considerou o prefeito de Barra Mansa.
De acordo com os representantes na reunião, antes de discutir a questão do pedágio no Rio,
é necessário um estudo para observar os locais mais adequados e sem onerar a
população. Posição como a do Presidente Jair Bolsonaro, no sentido de ser
contrário à majoração de pedágio, bem como novas praças, retirada da rodovia
Rio-Santos do projeto, e de diminuir a tarifa, também foram apontadas.
- O pedágio é caro. Na
ponte Rio-Niterói o valor do pedágio foi reduzido em 30% e ainda aumentou o
volume de obras, por que não podemos fazer o mesmo na Dutra? Apenas nove por
cento das viagens são pedagiadas no Estado. Os moradores do Vale do Paraíba não
podem pagar por todas as pessoas que utilizam a rodovia. São necessários mais
estudos sobre o tema – afirmou o Delmo Pinho.
Os impactos econômicos para os
diversos setores da região Sul Fluminense, caso uma nova praça de pedágio seja
instalada na região, foram considerados. Setores como os industriais, comércio
e turismo tendem a serem os mais afetados.
- Temos em Volta Redonda mais de 2 mil pessoas que trabalham
em Resende e Porto Real. Todas serão prejudicadas, e também a economia da
região, se houver um novo pedágio. Temos que ter transparência, saber qual a
receita do pedágio da Dutra para calcular um valor que seja justo – ressaltou Antônio
Cardoso
Cancelar a licitação não é uma possibilidade considerada pelas
autoridades, já que o prazo do contrato com a concessionária que administra a
rodovia encerra este ano.
- Se ano que vem não tivermos a Nova Dutra, ou outra
concessão, será um desastre. Por isso
precisamos tratar de modo responsável desse assunto que envolve a mobilidade e sua
logística. Não podemos impor aos particulares e caminhoneiros uma despesa acima
de sua capacidade contributiva - finalizou o Deputado Antonio Furtado.