Os estudos são realizados há 10 anos pela UnB em Brasília e permite que
localidade do consumo e tipo de drogas ilícitas sejam determinadas
O deputado federal Delegado
Antonio Furtado, acompanhado do subsecretário de Saúde do Estado do Rio, Bruno
Marini, esteve, hoje (18/12), na Universidade de Brasília (UnB) para conversar
com o professor e pesquisador Fernando Sodré
e o perito criminal
federal do Instituto Nacional de Criminalística, Adriano Maldaner, sobre a pesquisa que estima o consumo de drogas ilícitas entre os
brasileiros, por meio da análise de esgoto.
– Vimos com riquezas de detalhes como funciona esse projeto. Não adianta só apreender quantidades de drogas cada vez mais expressivas, precisamos descobrir a quantidade de drogas que estão sendo consumidas pela população e em quais localidades. Os dados da pesquisa são muito interessantes e precisam ser replicados em todo o país – falou o deputado federal delegado Antonio Furtado.
Para a realização da pesquisa, são recolhidas amostras em estações de
tratamento de esgoto, que permitem identificar as drogas mais utilizadas e a
periodicidade do consumo. Assim é possível identificar as localidades com o
maior índice de usuários.
– É uma linha de pesquisa que busca trazer uma visão diferenciada de como estimar o consumo de diferentes tipos de drogas como a maconha, cocaína e as sintéticas. Considero sempre importante que os resultados produzidos na academia possam subsidiar ações relacionados a segurança pública e a saúde – explicou o professor Fernando Sodré.
A intenção é, com base nas informações passadas pelos pesquisadores, possa ser realizada uma audiência pública na Câmara dos deputados, em Brasília, para que projetos de Leis possam ser construídos e beneficiem o país todo.
– Com esses dados é possível
desenvolver estratégias de saúde e segurança pública para coibir o avanço do
consumo de drogas no país. É uma maneira de saber o caminho da droga até o
consumidor final. Isso pode ampliar muito os cuidados com a prevenção, pois,
sabendo os locais com maior incidência de usuários, direcionaremos palestras
nas escolas e qualificação de profissionais para enfrentarmos o problema. Vou
apresentar os estudos realizados aqui em Brasília ao Secretário de Saúde, Dr.
Edmar Santos, e ao Governador Witzel na certeza de que serão muito úteis no
Estado do Rio – declarou o Subsecretário de Saúde Bruno Marini.