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Deputada estadual Dani Monteiro vai ao Sul Fluminense para ouvir a juventude

Deixem que os jovens digam, pensem e falem. Esse é o mote da deputada estadual Dani Monteiro (Psol), que estará na região Sul Fluminense a partir desta sexta, 30, para uma rodada de conversas com a juventude nas cidades de Valença, Parra do Piraí e Piraí. A proposta do gabinete itinerante, marca do mandato, é abrir o canal de diálogo para mapear as demandas da população da região.
A mais jovem mulher a obter uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Dani Monteiro é presidente da Comissão Especial da Juventude, uma iniciativa inédita na Casa. As viagens ao interior do estado são uma ampliação do espaço aberto aos jovens. Com elas, a deputada quer popularizar a ideia que vem pondo em prática desde que assumiu o cargo, em fevereiro: o mandato é coletivo e aberto.
"Entrei para o parlamento estadual, mas não quero estar sozinha. Quero que mais jovens como eu tenham acesso a esse espaço institucional. Só assim vamos conseguir ampliar direitos. É por isso que viajo, que tornamos o nosso gabinete itinerante, porque quantos mais jovens se juntarem a nós, mais pressão podemos fazer pelo nosso direito à cidade, arte, cultura, trabalho, educação pública e gratuita, segurança pública efetiva e indiscriminatória. Para criar políticas efetivas, é preciso que as pessoas participem, contem suas necessidades. Afinal, política é a nossa melhor arma contra a desigualdade", explica a parlamentar.
Em seis meses de atuação, Monteiro já apresentou mais de 30 Projetos de Lei e de Resolução, Indicações e Requerimentos de informação a órgão públicos.  Estão em tramitação na Alerj propostas como a obrigatoriedade de funcionamento 24 horas ininterruptamente das Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam's), isenção de tarifa em transportes  para estudantes de cursos pré-vestibular comunitários, campanhas de prevenção ao assédio em estádios de futebol e a adequação de banheiros para toda a família nesses espaços, programa de prevenção ao racismo institucional, instituição de incentivos aos eventos de pequeno porte da cultura popular, e reserva de vagas para negros e indígenas nos conselhos de participação e controle social.
O gabinete itinerante já chegou às regiões dos Lagos, Serrana, Norte e Sul Fluminense. Desta vez, a viagem começa Valença, dia 30, e segue para Barra do Piraí e Piraí, no dia 31. 
Siga a programação
30 de agosto, sexta
Valença
16h – Encontro com o coletivo Bianca: "Desafios da luta LGBTTi em Valença"
18h – Encontro com mulheres da Coletiva Clementinas: "A ausência de aparelhos de denúncias e acolhimento a mulheres vítimas de violência no município"
19h – Roda de conversa: "Um bate papo com Dani Monteiro sobre Juventude"
Onde: Rua dos Mineiros, 76 – sala 104, Centro
31 de agosto, sábado
Barra do Piraí
9h - Roda de conversa: "Violência contra a Mulher"
Onde: Rua Cap. Mario Novaes (Esquina do Pecado) - Centro

Piraí
16h - Roda de conversa: "Juventude e Segurança Pública"
Onde: Praça da Prefeitura - Centro

Quem é Dani Monteiro
Aos 28 anos, Dani Monteiro conquistou o posto de mulher mais jovem a ocupar uma vaga de deputada na Alerj. Sob a chancela do PSol, a candidatura da jovem negra, favelada, socialista e feminista, como se autodefine, obteve 27.982 votos. É aluna do curso de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde ingressou pelo sistema de cotas e iniciou sua militância política.
Nascida e criada até os 12 anos no morro do São Carlos, no Estácio, Daniella Monteiro da Silva carrega a negritude no sangue, na fala e nas atitudes. Neta de nordestinos que migraram para as favelas do Rio, é filha orgulhosa de pais negros que enfrentaram rotinas de empregada doméstica e de distribuidor de frutas, legumes e verduras para dar conta da educação dos quatro filhos. Desde a alfabetização, Dani sempre estudou em escolas públicas. Aos 15 anos, ela passou a viver a rotina típica dos jovens pobres: conciliar estudos com a necessidade de trabalho para ajudar a fechar as contas da casa. Passou a dar suporte ao pai no pequeno negócio da família e, já durante o Ensino Médio, quando cursou o tradicional Normal no Colégio Estadual Júlia Kubitschek, foi estagiária de docência no Liceu de Artes e Ofícios. No mesmo período, trabalhou também como garçonete e monitora em casas de festas infantis e professora de cursinhos pré-vestibular no Centro de Referência da Juventude do Estado (CRJ).
De 2010 a 2014, Dani Monteiro trabalhou em uma empresa de telemarketing, lugar que lhe rendeu disciplina e visão real das dificuldades e contradições da condição simultânea de trabalhadora e estudante. Entre 2015 e 2016 foi bolsista de projetos de iniciação científica na Uerj, no núcleo Cidades de Pesquisa Urbana. Nascia ali, no movimento estudantil, a militância aguerrida e articulada que se tornaria sua marca. Primeiro, em defesa da educação pública e gratuita de qualidade, e, em decorrência de sua própria trajetória, origem e cor de pele, pelos direitos de jovens, negros, mulheres e pessoas LGBTs.