Abrindo as comemorações do aniversário
da cidade, que completa 65 anos, será realizado neste fim de semana, dias 06 e 07, o Projeto Niterói Além da Ponte com a
apresentação de três espetáculos
no Memorial Getúlio Vargas, na Vila Santa Cecília. O projeto tem como objetivo promover o intercâmbio cultural entre os
municípios do Estado do Rio de Janeiro, ampliando assim, a circulação de
artistas por todo o estado.
No sábado, dia 06, às
16h30, o coletivo Los Benicios Faltosos, abre o evento e
apresenta sua Roda de Ska, com releituras de músicas pop e clássicos do ska e
reggae. O grupo, com sua formação inusitada, já foi convidado inclusive para
abrir o show do Skank no Circo Voador. No mesmo dia, às 18h, a niteroiense
Tomba Orquestra promete um show com
repertório do EP "Sombras", que com sete faixas inéditas constrói uma
ponte direta entre sua sempre exuberante sonoridade e o reggae, explorado em
diversas nuances. No domingo, às 11h, o clarinetista Ivan Mendes leva ao público
o clima de uma roda de choro, com um repertório bem brasileiro.
Durante as apresentações,
com entrada
gratuita, acontecerá uma exposição fotográfica com trabalhos dos artistas
niteroienses André Cyriaco, Aporé de Paula, Clever Félix, Lucília Dowslley e
Nathalia
Félix.
A secretária municipal de
Cultura, Aline Ribeiro,
explica que Volta Redonda foi uma das escolhidas pela sua atuação em cultura e
visibilidade dentro do Rio de Janeiro. “Sendo o incentivo e promoção da
cultura
nossos principais pontos de gestão estamos muito contentes em poder receber
esses artistas visitantes em nossa cidade”, disse a
secretária.
O prefeito Samuca Silva
destaca que este evento
abre o aniversário da cidade de 2019, que completa 65 anos. “Convidamos
toda a população para prestigiar o evento, que será aberto pelos Los Benícios
Faltosos, uma banda da cidade, que irá abrir as portas com a arte, que cresce
cada dia mais em nosso município”, disse o prefeito.
Los
Benicios Faltosos – Inspirado nas clássicas rodas de samba em
bares, o
coletivo musical Los Benícios Faltosos surgiu desta descompromissada reunião
entre amigos do Rio e interior, para se divertir, beber e tocar – não samba –
mas ska e reggae. Essa reunião foi batizada de “Roda de Ska”, que é basicamente
um ensaio aberto, dispensando palcos, para ficar lado a lado com o público. O
importante é se divertir e fazer um bom som.
Trazem em seu repertório,
clássicos do ska e
reggae, além de versões inusitadas de artistas e bandas como The Clash, Ricky
Martin, George Michael, Rancid, Eurythmics e o ícone dos anos 90, Stevie
B.
Para dar pressão e
versatilidade ao som, os
instrumentos utilizados pelo coletivo fogem do convencional. Um poderoso naipe
de metais é acompanhado por ukuleles, banjos, cajón, washboard e até
kazoos.
A banda vem angariando
cada vez mais visibilidade e
público, tocando em eventos significativos como no Matanza Beer Fest, carnaval
do SESC e abrindo para o Skank, durante a gravação de seu novo DVD no Circo
Voador.
Tomba Orquestra - No seu primeiro disco (o álbum homônimo lançado em 2014) o supergrupo capitaneado pelo produtor e multi-instrumentista Bruno Marcus oferecia um roteiro de viagem amplo, indo do jazz ao funk, passando pelo rock e referências cinematográficas. Já novo trabalho aguça o foco e mostra o poder de fogo da Tomba Orquestra ao exercitar todas as possibilidades da rica música jamaicana.
Como o disco de estreia,
"Sombras" é uma
reunião de grandes talentos. Comparsas habituais como Pedro Selector
(trompete), Gilber T (guitarra e baixo), João Pinaud e Servio Túlio (vozes)
ganham reforços de Reppolho e Tata Ogan (percussões), Hiroshi Mizutani
(teclados) e Felipe Escovedo (baixo).
Mais marcante ainda é a
ênfase nos arranjos de
sopros e metais, despachados por uma brigada que inclui nomes como Gabriel
Dellatorre (clarineta), Marco Serragrande (trombone), Laura Berredo (flauta),
Lincoln Marques e Lincoln Castro (saxofones).
Essa turma dá corpo às
composições, todas – à
exceção de uma – assinadas por Bruno e subintituladas como “Dub”. Emulando
fielmente a sonoridade dos sound systems originais, a produção incluiu efeitos
como os reverbs de mola e os delays usados nas décadas de 1960 e 1970 na
Jamaica.
Os títulos das músicas
refletem o complexo momento
social e político que o Brasil vive. Conflitos, alienação e desencanto com o
status quo, reflexões que honram o engajamento político que caracterizou
grandes momentos do reggae no passado. E reafirmam uma verdade: viajandão,
hipnótico e sensual, o som da Jamaica também pode estimular o cérebro. O
repertório, de acordo com o próprio maestro, reflete influências tanto dos
pioneiros jamaicanos (Marley, King Tubby, Lee Perry, Augustus Pablo) quanto dos
desbravadores subsequentes (Clash, UB40, Gorillaz, Mad Professor).
Primeira parte de uma
trilogia de EPs que,
reunidos, formarão o LP Sambas, Sobras e Sombras, o novo trabalho da Tomba
Orquestra resume a complexidade da proposta do grupo. É variado sem abandonar a
coesão conceitual; incorpora o espírito da Jamaica sem nunca deixar de soar
brasileiro; instiga o cérebro, sem esquecer do requebrado.
Ivan Mendes - Apaixonado pela música desde pequeno, o clarinetista Ivan Mendes começou a brindar com instrumentos nas rodas de choro realizadas no quintal de sua casa, frequentada por músicos como Jonas Pereira, Ronaldo do Bandolim, Carlinhos Leite, Walter Maciel, entre outros.
Em 1993 começou a estudar clarineta na Banda do Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói, tendo aulas com o clarinetista Cristiano Alves. Com a Banda se apresentou pela primeira vez na Sala Cecília Meireles e em festivais pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 1998 formou-se em Teoria Musical pelo Conservatório de Música do Estado do Rio de Janeiro, tendo como mestres, os clarinetistas André Góes, Rui Alvim, Fernando Silveira e José Botelho.
Aos 12 anos de idade estreou como solista de choro no projeto "Novos Sambas, Jovens Bambas", realizado no Teatro Gonzaguinha, no Rio de Janeiro, com o grupo "Dobrando a Esquina". Nesse mesmo ano apresentou-se como clarinetista da Orquestra Livre Universo da Universidade Salgado de Oliveira, no interior de São Paulo com a ópera "Libertas", sobre a Inconfidência Mineira, sob regência do maestro Coelho de Moraes.
Em 1996 participou do
lançamento da revista
"Roda de Choro", realizado no bar Encontros Cariocas, tocando ao lado
do clarinetista Paulo Sérgio Santos que mais tarde veio a ser seu professor.
Ainda nesse ano, ingressou na Banda Musical do Colégio São Vicente de Paulo, em
Niterói, atuando com primeiro clarinetista, com a qual conquistou o primeiro
lugar no XXI Encontro Estadual da Bandas de Músicas Civis no Pólo de Valença,
no Rio de Janeiro.
Em 1997 criou seu primeiro grupo de choro "Os Brasileirinhos" com outros músicos iniciantes. Integrou o grupo Candongueiro, conjunto efetivo da casa de samba Candongueiro em Niterói. Foi um dos fundadores do grupo de samba e choro "Unha de Gato".
Em 1997 criou seu primeiro grupo de choro "Os Brasileirinhos" com outros músicos iniciantes. Integrou o grupo Candongueiro, conjunto efetivo da casa de samba Candongueiro em Niterói. Foi um dos fundadores do grupo de samba e choro "Unha de Gato".