Um grupo de mulheres
realizou a primeira aula com um treino intenso de Jiu-Jitsu e defesa pessoal,
das 9h às 12h, na Arena Esportiva de Volta Redonda neste domingo, 30 de junho,
orientadas pelo professor Paulo Wesley Lopes, o mestre Pagels, auxiliado pela
professora
de Educação Física e Defesa Pessoal da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer,
Luciana Lima. Ela também atua no projeto ‘Eu me amo. Eu me protejo” com aulas
ministradas na sede do CEMAM( Centro Municipal de Artes Marciais) no polo do
Ginásio Poliesportivo Amaro Inácio, no bairro Retiro.
O prefeito Samuca Silva,
falou da importância das mulheres terem
o domínio das artes marciais: “O objetivo é justamente evitar que atos de
violência doméstica ou nas ruas possam causar danos e lesões à vitima, que
saberá se defender e sair da situação de risco e vulnerabilidade a sua
integridade física. A intenção é justamente evitar o aumento de qualquer tipo
de violência contra as mulheres, que já estarão preparadas para enfrentar tais
situação”.
A
professora Luciana levou algumas das suas
alunas do projeto – que foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de
Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos - que se juntaram às alunas
do mestre Pagels. A vendedora Kátia Cândido, 33 anos, moradora no bairro São
Cristovão, que foi participar do primeiro aulão de artes marciais e defesa
pessoal, a convite de amigas, aprovou o treinamento:
“A
gente tem que saber se defender da
violência contra a mulher em qualquer emergência. Muito interessante aprender e
saber lutar porque aumentou muito as agressões contra as mulheres. Gostei muito
desse incentivo da prefeitura na defesa das mulheres”,
comentou.
Hilda Maria de Moura
Silva,
67, participou animada do treinamento: “Traz um benefício muito grande
para nós,
mulheres, porque a violência não é somente na rua, mas também dentro de casa.
Temos que aprender a defender nossos familiares. Aqui vamos aprender a sair de
uma situação de violência e nos defender dos agressores”, disse Hilda.
Um dos golpes ensinado
às
mulheres foi o ‘mata leão’ que de 5 a 10 segundo no máximo neutraliza o
agressor e o deixa fora de combate, e evita o prosseguimento de qualquer
violência contra a suposta vítima que reagiu. O tempo superior a isto pode
causar a morte imediata pelo interromper o fluxo de oxigênio ao cérebro.
Elas aprenderam também a escapar do suposto
agressor caso sejam seguras pelo braço, reagindo e derrubando ao chão a pessoa
que a segurou com violência. No sábado,
o aulão especial foi com um grupo de lutadores masculino.
O professor Paulo
Wesley, 62
anos, mestre Pagels, é associado a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu,
Federação de Jiu Jitsu do Rio de Janeiro, com
mais de 30 anos de atividade em artes marciais, diversas conquistas.