Meta é promover o descarte adequado do
óleo de cozinha usado, evitando a contaminação do solo e da água; material será
encaminhado para a indústria de beneficiamento e transformado em biodiesel
O
projeto Ecoóleo, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável de Barra Mansa, está sendo ampliado. Nesta semana, 12 das 72
unidades escolares da rede municipal de ensino, estão recebendo as bombonas
para a coleta do óleo vegetal usado. Porém, a expectativa do secretário da
Pasta, Carlos Roberto de Carvalho, o Beleza, é entregar até o fim da primeira
quinzena de maio o equipamento em todos os colégios.
- A
entrega das bombonas vem acompanhada de questões específicas que envolvem a educação
ambiental, como o descarte correto do óleo de cozinha usado, os danos que o
produto pode causar quando despejado nos ralo e pia da cozinha ou diretamente no
solo, além do beneficiamento do produto pela indústria de biodiesel – detalhou Beleza.
O secretário
destacou ainda que atualmente são coletados em média mil litros de óleo usado
por mês. O produto é entregue no depósito do Ecoóleo localizado à Avenida Três de Outubro, 560, no bairro Jardim Boa Vista, ou
na própria secretaria, no quarto andar do Centro Administrativo. “Nossa
estimativa é coletar em cada escola cerca de 50 litros de óleo usado a cada 15
dias. O produto deve vir em garrafas pets, será encaminhado à Cooperativa de
Catadores de Barra Mansa e, posteriormente para a indústria de biodiesel”.
O gerente de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente,
Giovane Mendes, e o gerente de Educação Ambiental, Felipe Rodrigues, explicaram
que um litro de óleo de cozinha pode poluir certa de dez mil litros de água,
mas algumas estimativas dizem que um litro de óleo pode poluir até um milhão de
litros de água. “Esta quantidade de água é aproximadamente o que uma pessoa
consome em 14 anos. A poluição pelo óleo traz outras consequências, como o
encarecimento em até 45% do tratamento da água, agrava o efeito estufa, já que
o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação
química e libera o gás metano, componente muito mais agressivo a natureza que o
gás carbônico”, salientaram.
As bombonas serão entregues nos seguintes colégios: Paulo
Basílio, na Vila Nova; CEI (Centro de Educação Integrada), no Centro; Humberto
Quinto Chiesse, no São Luis; Marcelo Drable e Ciep Professora Jandyra Reis de Oliveira,
ambas no Ano Bom; Independência e Luz, no Vale do Paraíba; Jayme Oscar Pinho de Carvalho Junior, no Getúlio Vargas;
Henrique Zamith, na Vila Nova; Washington Luiz, no Bom Pastor; Bartholomeu Anacleto,
em Floriano; além das escolas dos distritos de Rialto e Antônio Rocha.
A Escola Henrique Zamith, na Vila Nova, foi uma das primeiras
a receber a bombona. A diretora adjunta da unidade Carla Galvão, disse da
importância da proposta. “Atendemos atualmente cerca de 600 alunos do 1º ao 5º
ano do Ensino Fundamental. Certamente, eles serão multiplicadores de informação
em suas casas e comunidade e ajudarão na preservação ambiental”.
Géssika Belan, diretora do Colégio Washington Luiz, funcionando temporariamente no Ciep Bom Pastor com
cerca de 750 alunos do Pré I ao Pós-Médio, sugeriu ao secretário de meio
Ambiente a realização de oficinas de aproveitamento de óleo na produção de sabão.
“Seria uma maneira de garantir renda extra as pessoas que se encontram desempregadas”.
Para as alunas Fernanda Silva Oliveira e Ana Carolina Silva,
do 9º ano, a proposta é bastante válida. “Em nossas casas, o óleo usado vai
para a garrafa pet e é doado para a produção de sabão. A partir de agora, vamos
passar a trazer também para esse ponto de coleta aqui na escola”.
DANOS - O óleo de
cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia polui córregos,
riachos, rios e o solo, além de danificar o encanamento em casa. O óleo também
interfere na passagem de luz na água, retarda o crescimento vegetal, interferindo
no fluxo de água e impedindo a transferência do oxigênio para a água.
Quando lançado no solo, no caso do óleo que vai para os
lixões ou aquele que vem junto com a água dos rios e se acumula em suas
margens, impermeabiliza o solo, impedindo a infiltração da água e piorando as
situações de enchentes.