Calor e chuva são
ambientes favoráveis à reprodução do Aedes aegypti
Os serviços de combate ao Aedes aegypti
não param em Barra Mansa. Equipes da Vigilância em Saúde Ambiental estão
percorrendo diversas localidades do município a fim de orientar os moradores
sobre os principais focos do mosquito transmissor da dengue, zika vírus, febre
Chikungunya e febre amarela urbana. De acordo com o coordenador da Vigilância
em Saúde Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti são
permanentes e tratadas como prioridade, porém na temporada do calor, intensificadas.
“O enfrentamento ao mosquito é baseado, principalmente, na reprodução de
informações sobre a eliminação de água limpa e parada, local propicio para o
criadouro e reprodução das larvas, como vasos e frascos com água, pratos e garrafas retornáveis”,
detalha.
Antônio Marcos lembra que o calor faz o ciclo de vida do mosquito
se acelerar e também potencializa a multiplicação da virose dentro do mosquito,
o que aumenta as chances de contágio por enfermidades. “O inseto é adaptável e
persistente e gosta de água limpa e parada. Ele coloca os ovos nas paredes
desses criadouros, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente
sobre ela. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, os objetos
onde pode haver focos”, alerta o coordenador, ressaltando que um ovo pode
sobreviver em média por um ano no seco. Mesmo que o local onde ele foi
depositado fique sem água, não significa que a ameaça acabou. Assim que
encontrar umidade novamente o ovo volta a ficar ativo e pode se transformar em
pupa, larva e, então, chegar à fase adulta em até sete dias.
Barra
Mansa tem reduzido drasticamente o número de doenças causadas pelo mosquito
Aedes aegypti. Veja no quadro abaixo, os dados divulgados pelo Setor de Epidemiologia,
da Secretaria Municipal de Saúde.
Atenção especial para os focos de
reprodução do mosquito
Como o
Aedes aegypti se reproduz em água limpa e parada
é preciso estar atentos as piscinas infláveis ou montáveis para crianças. Se
não for possível esvaziá-la todos os dias, é necessário colocar cloro. Os baldinhos
de areia também devem ficar limpos, secos e guardados em locais adequados.
As tampas de vasos sanitários devem estar sempre fechadas. Os ralos de
cozinha, banheiro e varandas devem receber doses generosas de água sanitária ou
cloro.
As plantas de folhas largas e cálice profundo, como
as bromélias, podem acumular água nas suas reentrâncias, gerando um criadouro
ideal. Em muitos jardins, a flor fica presa às paredes em placas de fibra de
coco. A sensação visual vertical passa a falsa ideia de que não há água
acumulada ali, pois, em teoria, ela escorreria. É preciso trocar a água que
fica empoçada dentro das bromélias no mínimo uma vez por semana. Assim, se
houver larvas ali, elas serão eliminadas antes de se transformar em mosquitos
adultos.
As tampinhas de garrafa, canudos de plástico, lata
de alumínio também são objetos que podem acumular água limpa e parada. O ideal é
escorrer todo o liquido até que o recipiente fique seco a fim acondicioná-lo para
a coleta seletiva.
Vacina contra a febre amarela disponíveis na rede municipal
Em
2018, Barra Mansa registrou um caso de febre amarela urbana. Segundo
informações da Secretaria Municipal de Saúde a doença foi um caso importado de
uma cidade de Minas Gerais. Na época, o município criou uma série de medidas
para imunizar o maior número de pessoas possível. Assim foi possível vacinar
127 mil moradores.
Mas
quem não teve a oportunidade de se vacinar pode procurar a Unidade de Saúde
mais próxima de sua residência para agendar o serviço.