Alguns são reabilitados e retornam à natureza, enquanto outros
passam a
integrar o plantel do zoológico ou são encaminhados para centro de
triagem
Ver os
animais no Zoológico Municipal
de Volta Redonda (Zoo-VR) é uma ótima opção de lazer para os moradores e
turistas. São em torno de 300 espécies silvestres entre felinos, aves, répteis,
primatas e mamíferos que encantam adultos e crianças. E como esses animais
foram parar ali? Muitos visitantes curiosos fazem essa pergunta e o coordenador
do zoológico, Jadiel Teixeira, explica que uma das formas de entrada dos
animais no Zoo-VR é a doação.
“Os
motivos que levam à doação dos
animais variam desde a necessidade de cuidados médicos, até a entrega
voluntária de criação ilegal, como, por exemplo, a criação de papagaio, jabuti
e outras espécies que não foram autorizadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)”, explica o coordenador.
Ainda
segundo Jadiel Teixeira, os
animais também podem vir de outros zoológicos, seja por troca ou doação.
“Nesse
caso, o zoológico que possui espécies disponíveis libera uma lista com o nome e
o numero de cada espécie que está disponível, e os outros zoológicos acessam a
lista. O que se mostrar interessado combina sobre a transferência das espécies
e seus números”.
Chegam
corujas, papagaios, tucanos,
jabuti, gambá, pica-pau, jandaia, jararaca, sagui, aranhas, etc. Jadiel contou
que a quantidade varia de acordo com o clima, época de reprodução, acidentes,
entre outros motivos. A entrega do animal é feita no setor de Biologia do
Zoo-VR, onde é necessário preencher uma ficha de doação, contendo informações
relevantes sobre o animal doado.
“Assim que
o animal é recebido pelo
zoológico e a ficha é preenchida, é realizada uma série de procedimentos, como
avaliação
pelo medico veterinário responsável do zoológico e colocação do animal em
quarentena. Durante esse período, é observado se o animal apresenta alguma
anomalia comportamental ou problema de saúde”, explicou Jadiel.
Em
seguida, há uma reavaliação do
animal pelo medico veterinário responsável e o tratamento, se necessário. Caso
tenha condições, o animal é encaminhado para a soltura. Se o animal apresentar
dificuldades, ele é encaminhado para um centro de triagem. Ainda de acordo com
o coordenador, caso o animal seja uma das espécies que o zoológico já possui,
ele pode ser adaptado, e em seguida incorporado à fauna do zoológico.
“Alguns
deles podem ser incluídos no
nosso plantel, se já tivermos essas espécies em exposição, ou o animal poderá
ser entregue a um centro de triagem, onde será cuidado e/ou reencaminhado para
um local onde encontrará condições adequadas às suas necessidades. Dos animais
recebidos, só podem ser colocados em exposição os que já foram tratados e
liberados, e que não têm condições de sobreviverem sozinhos na
natureza”, explicou Jadiel.
O
secretário municipal de Meio
Ambiente, Mauricio Ruiz, ressaltou a importância do trabalho realizado no
zoológico. “Somos referência nacional no tratamento e cuidado com os
animais. Vale
lembrar que o Zoo-VR é o único público do interior do estado do Rio de Janeiro
e com entrada gratuita”, finalizou.