Criado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, peça teatral com dez recursos de acessibilidade será apresentado nesta quinta-feira, dia 17, no Colégio Verbo Divino às 18h; a entrada é gratuita

A Secretaria de Educação de Barra Mansa ofereceu na última quarta-feira, dia 16, uma oficina de teatro acessível ministrada pela ONG Escola de Gente - Comunicação em Inclusão, fundada pela jornalista Claudia Werneck. Participaram professores da Rede Municipal, profissionais do CEMAE (Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado) e alunos atendidos pela Educação Especial. O projeto “Aqui trem cultura acessível” é patrocinado pela MRS Logística e percorre os municípios por onde passa a ferrovia. Como parte do projeto, nesta quinta-feira, dia 17, será apresentado a peça “Ninguém mais vai ser bonzinho” do grupo “Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade”, no Colégio Verbo Divino às 18h. A entrada é gratuita.
O coordenador da ONG Escola de Gente, Pedro Prata, explicou que a oficina de Teatro Acessível, ministrada por atores e atrizes do grupo, é uma atividade de formação e mergulho nos temas da inclusão, acessibilidade e direitos de pessoas com deficiência. “A metodologia, criada pela Escola de Gente, utiliza jogos teatrais para promover a reflexão sobre o que é uma sociedade inclusiva. O interessante é que pessoas com e sem deficiência participaram e puderam se tornar multiplicadores, principalmente os professores que estão no dia a dia em contato com alunos especiais”.
A gerente de Educação Especial de Barra Mansa, Cecília Pacheco, enfatizou a importância de alunos da formação de professores participarem da oficina, afinal, eles serão os professores do futuro e é importante que eles estejam capacitados para trabalhar com todos os tipos de pessoas. “Ter outras ferramentas para discutir a inclusão é sempre relevante, sejam elas por dinâmicas ou por movimentos como a oficina nos possibilitou. Além de percebermos que somos todos diferentes e essas diferenças devem nos unir e não nos afastar”, completou, dizendo que o intuito será utilizar o que aprenderam no desenvolvimento de projetos no município e sensibilizar a comunidade para as causas de inclusão.

TEATRO ACESSÍVEL
O público vai poder conferir a apresentação da peça “Ninguém mais vai ser bonzinho” do grupo “Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade” nesta quinta-feira, dia 17, no teatro do Colégio Verbo Divino às 18h. Criado pela atriz e apresentadora Tatá Werneck, já foi assistido por mais de 100 mil pessoas e premiado nas Nações Unidas, já que é o único no mundo a realizar espetáculos com máxima acessibilidade disponibilizando dez recursos diferentes como intérprete da língua de sinais brasileira (Libras), fones para audiodescrição, material de comunicação em braile e formatos digitais, visita tátil ao cenário, rampas de acesso, banheiro adaptado e atendimento acessível desde a fila.
O texto aborda, com muito humor, questões cotidianas de preconceito e discriminação. São sete esquetes em que atores e atrizes se revezam em personagens nos quais a plateia se reconhece com facilidade, fazendo com que todas as pessoas - com e sem deficiência - se divirtam juntas no teatro.Referência internacional em inclusão, a jornalista e fundadora da ONG Escola de Gente, Claudia Werneck, afirmou que é preciso sensibilizar toda a sociedade, incluindo a classe artística e o poder público, para que sejam incorporadas práticas inclusivas, previstas na legislação, na área da cultura. “O projeto não tem o objetivo de garantir apenas que pessoas com deficiência estejam nas plateias, mas que todas elas, com ou sem deficiência, possam fruir e participar das produções com total dignidade”, declarou Claudia.
A especialista de Relações Institucionais da MRS, Verônica Mageste, ressaltou a importância do projeto para as cidades nas quais a ferrovia está presente. “Projetos deste porte, geralmente, são realizados em grandes centros. O desafio aceito pela nossa parceria com a Escola de Gente é garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de vivenciar esta prática de inclusão, demonstrando que o acesso irrestrito à cultura é real e possível." Além do apoio da Prefeitura de Barra Mansa, a iniciativa conta com a parceria da Fundação Pedro Jorge, da Associação Nacional dos Procuradores da República, da Associação Nacional do Ministério Público de Contas, da Ashoka Empreendedores Sociais e do Senado Federal.