A Secretaria de
Saúde de Barra Mansa participa neste sábado, dia 20, às 14h de uma palestra na Igreja
São José, situado à Rua Padre Luiz Santa Maria Diez, s/n, ao lado da quadra
poliesportiva do bairro Vista Alegre. O evento tem como finalidade orientar a
população sobre o perigo do uso de drogas durante a gravidez. A enfermeira Kely
Cristina da Clínica da Família será a responsável pela capacitação.
Segundo os estudos
epidemiológicos que correlacionam a gestação com o consumo de drogas, não há
mudanças de comportamento por parte das gestantes em relação ao uso de drogas.
Esse problema se deve na maioria dos casos, por falta de orientação suficiente
durante o pré-natal, sobre o perigo do uso das drogas de abuso (cigarro, álcool,
cocaína, crack, maconha, entre outras) para as gestantes e os bebês.
Entre as drogas mais
comumente utilizadas durante a gravidez, está o álcool. O etanol atravessa
facilmente a plancenta,podendo causar efeitos teratogênicos no feto,entre eles
a síndrome fetal alcóolica que é considerada a consequência mais séria e pode
ser caracterizada pelo retardo do crescimento intra-uterino, déficit mental,
alterações músculo-esqueléticas, geniturinárias e cardíacas.
O uso da cocaína e
do crack pelas mulheres grávidas tem crescido muito na última década. A cocaína
atravessa a placenta sem sofrer metabolização, interferindo diretamente no
feto, causando vasoconstrição, malformações urogenitais, cardiovasculares e do
sistema nervoso central.
Os efeitos causados
pela maconha no feto são de difícil identificação devido ao seu uso geralmente
concominante com outra droga, porém sabe-se que o princípio ativo da maconha
(THC) é altamente lipossolúvel, passando com facilidade pela placenta. Alguns
estudos apontam que a maconha tem capacidade de diminuir a perfusão
útero-placentária,prejudicando o crescimento fetal e além disso, o uso
perinatal da maconha pode levar ao retardo da maturação do sistema nervoso
fetal.
O monóxido de
carbono e a nicotina são produtos resultantes do fumo do cigarro que passam
facilmente pela barreira placentária. O monóxido de carbono favorece a
hipoxemia fetal por apresentar alta afinidade pela hemoglobina do feto e
impedir que esta se ligue ao oxigênio. Já a nicotina causa vasocontrição e
aumento da resistência vascular por reduzir a síntese de prostaciclinas. Além
disso, há um maior índice de retardo de crescimento intra-uterino e
deslocamento prematuro de placenta devido características típicas de
hipoperfusão da placenta de gestantes tabagistas.