Iniciativa visa fomentar o atendimento aprimorado ao público LGBT, através da
discussão de temas como a vulnerabilidade, o preconceito e
a convivência familiar
A Prefeitura de Barra Mansa,
por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, realiza nesta
quinta-feira (17), de 9 às 12 horas, uma capacitação voltada para os profissionais da rede de
atendimento socioassistencial, na perspectiva de fomentar o atendimento
aprimorado a pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). O
encontro será na Casa dos Conselhos, situada à Rua Jorge Lóssio, 202, Centro, e
integra as atividades pelo Dia Internacional de Combate à Homofobia.
Segundo o coordenador de
Assistência Social, Alexandre Martins Monteiro, durante a reunião a idéia é ampliar o conhecimento dos profissionais mantendo o
foco na integralidade do cuidado e do respeito. “De forma geral, a Assistência
Social tem seu trabalho desenvolvido no atendimento a pessoas em situação de
vulnerabilidade e aquelas que têm seus direitos violados. A população LGBT, em
sua maioria, vive esta dualidade. A situação se torna mais complexa quando o
preconceito impede que essas mesmas pessoas procurem pelos serviços
disponibilizados na rede pública, seja na Saúde, Educação, Assistência Social e
outros setores”, explicou Alexandre.
O
coordenador destacou a necessidade de escutar as demandas das pessoas LGBT por
quem vivencia o seu cotidiano. “Por isto, convidamos o coordenador da ONG RNP+ do
Médio Paraíba, Jaime
Marcelo Pereira, para participar do encontro, que abordará entre outros temas a
vulnerabilidade, o preconceito e a convivência familiar”, disse.
A alteração da registro civil é outro assunto
que será esclarecido durante a capacitação, já que em março deste ano, o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de transexuais e
transgêneros de alterar o nome social e o gênero em sua documentação, mesmo que
não tenham sido submetidos a cirurgia de mudança de sexo ou tratamento
hormonal. “Para fazer a mudança, a pessoa precisa apenas ir ao cartório e
declarar seu novo nome. Ou seja, não será preciso entrar na justiça para pedir
a alteração. A regra vale para transexuais de todo o Brasil”, esclareceu
Alexandre Martins, ressaltando que a medida é mais um passo na caminhada pela
ativação do princípio da igualdade no sentido do não preconceito.
Alexandre Martins enfatizou que no
sentido biológico os seres humanos têm dois sexos: o masculino e o feminino. “Quanto
à sexualidade existem sete bilhões, pois cada ser humano tem a sua forma
especifica de lidar com a sua vivencia sexual”.