Mais de 200 pessoas
participaram das ações que contaram com música, dança,
capoeira, tenda de orientações, premiação do concurso de redação e
doação de cabelo para crianças em tratamento contra o câncer
No último dia 25 de maio foi comemorado o Dia Nacional da
Adoção, para celebrar a data o GAA-BM (Grupo de Apoio à Adoção em Barra Mansa)
realizou no sábado, dia 26, a segunda edição da Caminhada da Adoção. Mais de
200 participantes caminharam pelas avenidas Domingos Mariano e Joaquim Leite e
se encontraram em frente à Praça da Matriz onde foram realizadas diversas ações
especiais como música,
dança, capoeira, tenda de orientações, premiação do concurso de redação
realizado pela Escola
Municipal Doutor Elvino Alves Ferreira e doação de cabelo para crianças em
tratamento contra o câncer através da ONG Doando Amor.
Segundo a diretora do GAA-BM, Marcília Leite Arantes, o objetivo da caminhada foi informar e dar
mais visibilidade à causa. Ela conta que a burocracia para a adoção acaba
afastando alguns futuros pais. “Nosso grupo foi criado em 2015 com o intuito de
proporcionar a esses pais um local para reflexão e união, onde as pessoas na
fila de espera para adoção tenham com quem conversar, desabafar e tornar a espera
menos dolorosa”, afirmou.
Com apenas três anos, o GAA-BM já conta com 60 pessoas
fixas, sendo 19 na fila de espera para adoção. Segundo dados do CNA (Cadastro Nacional de Adoção), de 2015 até o dia 10 de maio de 2018 foram formadas
142 novas famílias no estado do Rio de Janeiro. Em Barra Mansa, segundo o
GAA-BM, 27 novas famílias de integrantes
do grupo foram formadas através de adoção, o que representa 19% no estado fluminense.
Ainda de acordo com o CNA, há 8,7 mil crianças e adolescentes para adoção em todo o
Brasil e 43,6 mil pretendentes cadastrados no CNA, coordenado pela Corregedoria
do Conselho Nacional de Justiça desde 2008. Mesmo
com o número maior de possíveis pais para a quantidade de possíveis filhos, a
conta não fecha, pois muitos pretendentes preferem crianças menores de cinco
anos e com outras características especiais. “Ainda existe um preconceito muito
grande em relação à adoção tardia para crianças acima de sete anos. E é isso
que queremos mudar, mostrando a importância de adotar independente da cor, sexo
ou idade, mas por amor”, concluiu Marcília, que informou que o grupo se
encontra na Igreja
da Matriz de São Sebastião, todo quarto sábado do mês.
LAR ACOLHEDOR
O
município de Barra Mansa dispõe de um serviço que acolhe crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade. Trata-se do Lar Acolhedor,
administrado pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. Nele,
são encaminhados através da Vara da Infância e da Juventude e do Conselho Tutelar
pessoas até 18 anos que estavam em situação vulnerável, que teve os direitos
violados ou sob medidas protetivas. De 2015 a abril de 2018, foram acolhidos
145 crianças e adolescentes, desse número, 37 foram encaminhados para adoção. A
coordenadora do Lar Acolhedor, Rosângela Nogueira, explicou que após a
acolhida, é feito um mapeamento familiar para entender o motivo pelo qual a
criança foi retirada de casa. “Após esse estudo, caso seja possível, é feita a
reinserção familiar natural (pai ou mãe) ou extensa, que compreende os avós,
tios, primos ou outros parentes. Esgotadas todas as possibilidades de retorno à
algum familiar, o indivíduo é colocado para adoção”, completou a coordenadora
que destacou que o Lar Acolhedor possui atualmente 10 acolhidos, mas nenhum
disponível para adoção.