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Colégio de Barra Mansa desenvolve projeto de leitura de mangá


História em quadrinhos japonesa está fomentando a leitura e a capacidade de interpretação e reflexão dos alunos

Alunos do Colégio Municipal Washington Luiz, em Barra Mansa, estão tendo a oportunidade de conhecer um pouco da cultura do Japão e aprimorar o gosto pela leitura. Por meio do projeto ‘Ler Mangá na Escola’, personagens de olhos grandes, feições infantis e cabelos espetados estão dando mexendo com a imaginação desses jovens leitores do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, apresentando um mundo cheio de magia e aventura.

O projeto, idealizado pelo professor de história Maxwell da Silva Alves há cerca de 18 meses, utiliza os  personagens de histórias em quadrinhos para estimular a capacidade interpretativa dos alunos. “Os resultados estão superando as nossas expectativas. Em 34 dias úteis foram registrados o empréstimo de 659 livros de mangá. A idéia está se disseminando e alunos da comunidade e de outras unidades de educação estão buscando exemplares em nossa biblioteca. Já estamos organizando uma oficina de desenho de mangá, como desdobramento do projeto”, disse Maxwell.

Uma das responsáveis pelo sucesso do projeto é a professora de português Eliete Fonseca. Além de monitorar os empréstimos, Eliete se dedica a divulgar os livros nas redes sociais. “O projeto tem oportunizado não apenas o estímulo a leitura, mas também a interdisciplinariedade entre os conteúdos trabalhados em sala de aula. Com isso, a maior parte dos professores da escola está envolvido, não é uma ação isolada. A internet tem ajudado muito na divulgação desse trabalho”, destacou a professora, salientando que a tarde esse mesmo trabalho é desenvolvido por Eliana Pinto, também professora de português.

A diretora da escola Gessika Belan Correa disse que o projeto é desafiador e pioneiro na região. “O Ler Mangá na Escola está revolucionando a utilização do espaço da biblioteca, que com o avanço da tecnologia estava ocioso. Agora, no intervalo dos alunos eles correm para as estantes, ávidos pela leitura dos quadrinhos japoneses”, revelou.

LER MANGÁ NA ESCOLA  - O Brasil é um dos países que lidera o ranking negativo no que se refere ao incentivo e formação do hábito de leitura dos alunos, segundo dados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Para contrapor esta realidade, o professor Maxwell criou o Projeto Ler manga na escola. Com o auxílio da Internet conseguiu a doação dos exemplares, que vieram do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. “Os quadrinhos japoneses trabalham respeito e honra entre outros valores. No atual contexto do nosso país, Sá conceitos que precisam ser resgatados”, revelou o professor.



O aluno do 8º ano João Pedro Souza Rodrigues, de 14 anos, disse que sempre gostou de ler e que pretende ser tornar escritor futuramente. “O Mangá na Escola tem contribuindo para que eu atinja esse objetivo”.



Daniel Oliveira, 13 anos, também do 8º ano, destacou como curiosidade o fato de os livros de mangá começarem de trás para frente. “A maior parte também é em preto e branco, mas isso em nada interfere no nosso gosto pelos livros”, concluiu.