Foi identificado no
local inadequação no projeto de drenagem executado; proprietário deverá
apresentar providências quanto ao deslocamento de material durante as chuvas
A prefeitura de Barra Mansa, através da Secretaria de
Planejamento Urbano e a Susesp (Superintendência
de Obras e Serviços Públicos), mandou notificar nesta quarta-feira, dia 21, o
proprietário de um terreno próximo ao Loteamento Santa Júlia, no bairro Colônia
Santo Antônio. A medida veio após o secretário de Planejamento Urbano, Jorge
Melhem, o diretor executivo da Susesp, César Carvalho, além do arquiteto
e membro do GTGE (Grupo de Trabalho de Análise de Grandes Empreendimentos),
Alexandre Bickel, do gerente de Licenciamento Ambiental da Secretaria de Meio
Ambiente, Vitor de Alencar e de agentes da Guarda Ambiental, vistoriarem a
localidade e constatarem o motivo dos transtornos na localidade após as chuvas
dos últimos dias.
Segundo informações de moradores, o sistema de drenagem
do loteamento, que ainda não recebeu o certificado de conclusão das obras pela
prefeitura, não suportou a água da chuva causando o alagamento da Estrada
Governador Chagas Freitas, na altura do Loteamento Santa Júlia. Aliado a isso, um
movimento de terra provocou o deslizamento causando entupimento das redes
pluviais e consequentemente alagamentos durante a chuva.
O secretário de Planejamento Urbano, Jorge Melhem,
destacou que o proprietário deverá apresentar providências quanto ao
deslocamento de material durante as chuvas. “Por conta da ineficiência na
execução do projeto de drenagem do loteamento, o sistema não tem sido capaz de captar
as águas de maneira suficiente a não produzir alagamentos na principal avenida
do bairro”, explicou.
Após a verificação durante a visita na manhã desta
quarta-feira, a Susesp decidiu notificar o proprietário do terreno que vem
causando esses transtornos aos moradores. Segundo o diretor executivo César
Carvalho foi identificado no local inadequação no projeto de drenagem executado.
“Uma vez notificado, a Susesp solicita correções no projeto. O proprietário
deverá adequar o sistema de drenagem para prevenir outros prejuízos”, afirmou.
Gastos com limpeza
das vias chegam a R$ 8 mil
A pedido do prefeito Rodrigo Drable e do secretário de
Planejamento Urbano Jorge Melhem, a Divisão de Fiscalização de Obras catalogou
os pontos mais críticos do município e que a cada chuva tem causado transtornos
aos moradores. Foram apontadas diversas localidades com risco iminente
decorrente de temporais. Os principais bairros listados são Colônia Santo
Antônio, São Pedro, Nove de Abril, Boa Sorte, Santa Rita de Cássia, Ano Bom,
Jardim Boa Vista e São Judas Tadeu.
O relatório apontou movimentos de terra irregular, deslizamentos,
obras não autorizadas e com pendências na Secretaria de Planejamento Urbano,
entupimentos de rede de esgoto por detritos deixados na calçada, o que acaba
gerando outros prejuízos como alagamentos e enchentes. Segundo a Fiscalização
de Obras, já existem ações fiscais executadas contra esses problemas listados,
após primeiras notificações, os casos são multados de forma progressiva.
Após a chuva, todos esses agravantes se consolidam em
sujeira nas ruas. A partir desse ponto, equipes do SAAE (Serviço Autônomo de
Água e Esgoto) e Susesp entram em cena com o objetivo de limpar as vias.
Segundo o diretor executivo do SAAE, a cada limpeza após um temporal são gastos
cerca de R$ 8 mil. “Esse gasto se refere às intervenções de limpeza que são
necessárias após as chuvas como tirar o barro acumulado nas avenidas e
estradas, uso do caminhão-pipa com água não potável para limpeza, combustível
desses veículos, funcionários e horas extras caso seja preciso devido ao grande
trabalho”, explicou.
De acordo com Fanuel, tudo isso poderia ser evitado, se
os responsáveis por novos empreendimentos como obras e reformas se prevenissem
com ações simples. “Não acumular sujeira e detritos em lugares públicos,
regulamentação da obra de acordo com a legislação são algumas das medidas
necessárias. A população também tem o papel fundamental quanto à
conscientização que o lixo deve ser descartado da maneira correta, sempre
pensando no bem comum”, finalizou.