Além da vacina nos postos, uma equipe
volante está visitando as casas mais distantes dos postos e indo de porta em
porta para imunizar os moradores
A
Secretaria de Saúde de Barra Mansa deu continuidade nesta segunda feira, dia 5,
à operação contra a febre amarela no novo cinturão de bloqueio vacinal composto pelos
bairros Bocaininha, Colônia Santo Antônio, Siderlândia, Vila Ursulino e o
distrito de Rialto. A medida é uma determinação do Prefeito Rodrigo Drable e do
Secretário de Saúde Sérgio Gomes e tem como principal intenção alcançar a meta
estabelecida pela prefeitura de imunizar 100% da população. Durante campanha
antecipada realizada no último domingo, dia 4, a Secretaria imunizou 407
moradores na área do cinturão.
O
alerta aumentou após no último sábado, dia 3, o Instituto
Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, no Rio de Janeiro, confirmar
a causa da morte por febre amarela de um mico encontrado na Bocaininha em
janeiro. Mesmo após o mutirão realizado pela Prefeitura de Barra
Mansa em janeiro e de toda a campanha lançada para prevenir a febre amarela, muitos
moradores ainda não se vacinaram.
Segundo
a coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria de Saúde, Marlene Fialho,
por conta da morte do mico por febre amarela, a campanha foi intensificada. “A
Secretaria já tinha iniciado um bloqueio vacinal no distrito de Amparo desde que
surgiram os primeiros casos em Valença, agora com a morte do mico por febre
amarela no bairro Bocaininha, foi criado um novo cinturão de bloqueio nas
localidades próximas da Bocaininha, Colônia Santo Antônio, Siderlândia, Vila
Ursulino e o distrito de Rialto, se estendendo pelas demais áreas do município”,
destacou. A vacina continua sendo disponibilizada em todas as unidades básicas
de saúde de segunda a sexta-feira de 8 às 17h para pessoas acima de nove meses
de idade.
Além
da vacina nos postos, uma equipe volante está visitando as casas mais distantes
dos postos e indo de porta em porta para imunizar esses moradores. “É muito
importante esse trabalho volante que tem sido desenvolvido sabendo que o melhor
meio de prevenção é a vacinação. As pessoas devem ter consciência que se o
agente não chegar a sua residência procurar o posto de saúde para se vacinar”,
explicou.
NÚMEROS - A Secretaria de Saúde de Barra Mansa já imunizou mais
de 131 mil pessoas. Desse número, 96 mil foram vacinados desde janeiro deste
ano. Dos anos anteriores até 2016, apenas 12 mil tinham se vacinado. Já em 2017
foram 23 mil pessoas protegidas contra a febre amarela.
Macacos não
transmitem febre amarela
No Brasil, todos os casos comprovados de febre amarela
são do tipo silvestre, ou seja, transmitida
pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem em áreas de mata,
rurais ou ribeirinhas. A febre amarela urbana não ocorre no Brasil desde 1942. Os
macacos não são responsáveis pela transmissão. Esses animais são sentinelas e
ajudam o poder público a definir as ações de prevenção, já que a morte ou
adoecimento desses primatas ajudam a identificar a presença do vírus em
determinada região.
Quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos pode ser
enquadrado na Lei de Crimes Ambientais nº 9065/98 no artigo 32, e pegar de três
meses a um ano de detenção, e multa. Ao encontrar macacos mortos ou doentes
(que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com
movimentos lentos etc.), o morador deve informar o mais rápido possível à
Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental situada à Rua Getúlio Borges
Rodrigues, 210, no bairro Boa Sorte ou pelo telefone (24) 3326-2588.