Uma dose é suficiente: Secretaria de Saúde de Barra Mansa esclarece sobre
validade da vacina contra a febre amarela; referência anotada no cartão de
vacina se refere ao lote de fabricação do imunobiológico
Quem já tomou a vacina contra a febre
amarela pelo menos uma vez na
vida não precisa de uma nova dose do imunobiológico. A afirmação é da
coordenadora do setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Barra
Mansa, Marlene Fialho. “Até 2014, a recomendação da Organização Mundial de
Saúde era de que a dose fosse reforçada a cada dez anos. Porém, novos estudos
mostraram que a eficácia da vacina não diminui com o tempo. Esta recomendação é
válida mesmo para quem se vacinou antes de 2014, porque a vacina continua sendo
a mesma. Em abril de 2016, o Ministério da Saúde
mudou a estratégia de vacinação contra a febre amarela, seguindo as orientações
da OMS. Com isso, a dose única foi adotada”, afirmou.
A coordenadora esclareceu que as anotações
feitas no cartão de vacinação são referentes à validade do lote da vacina, e
não a validade da dose aplicada. “No cartão de vacina a inscrição 05/2020 é
referente ao lote da fabricação da vacina, que após injetada no ser humano tem validade
durante toda a vida”, explicou, ressaltando que segundo a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária a revisão de validade é normal, já que são necessários
vários anos para ter certeza do alcance da proteção de uma vacina.
Marlene lembrou ainda sobre a importância de
apresentar o cartão de vacina. “É uma maneira de comprovar se a pessoa já foi
imunizada contra a febre amarela e uma oportunidade de verificar se as vacinas
contra outras doenças estão em dia”, disse. Caso não lembre se já recebeu alguma dose da vacina
contra a febre amarela, a pessoa deve procurar os profissionais de saúde em
qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do sistema Único de Saúde (SUS) para uma
avaliação e a verificação da necessidade de se vacinar.
Vacina
não está fracionada:
Ao contrário do que ocorre nas
cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a vacina contra a febre amarela em Barra
Mansa não sofreu alteração em sua dosagem. Ela é plena, com 0,5 ml.
O fracionamento foi adotado no Rio
e São Paulo, com a dosagem de 0,1 ml, em decorrência do grande risco de a
doença se expandir. Essa dosagem também é recomendada pela OMS e protege o
morador por até oito anos.
MAIS DE CINQUENTA MIL
VACINADOS – Em quatro dias de
vacinação, Barra Mansa conseguiu vacinar 53.419 mil pessoas. Dos anos anteriores até 2016, cerca de 12 mil
pessoas foram imunizadas. No primeiro ano de governo do prefeito Rodrigo
Drable, a Secretaria vacinou 23 mil pessoas, ou seja, quase o dobro dos outros
anos. Com esse resultado, a Secretaria atingiu a marca de 88.419 pessoas
protegidas até a noite desta quinta-feira, dia 18.
Quem deve
se vacinar:
Podem se vacinar pessoas acima de nove meses de idade até 59 anos. Neste
sábado, dia 20, a Secretaria de Saúde estará vacinando no térreo do
Centro Administrativo Municipal, das 8 horas às 13h. Esta será a última
chance de se vacinar no prédio da prefeitura.
A partir de segunda-feira, dia 22, a vacina estará
disponível somente nas unidades básicas de saúde de segunda a sexta-feira das 8
às 17 horas.
Os moradores acima de 60 anos devem passar por
avaliação de um profissional de saúde. Mulheres que estão amamentando, devem
suspender o aleitamento materno por 10 dias após receber a vacina.
Tempo
para vacina fazer efeito:
As pessoas devem se programar. A dose da vacina
demora 10 dias para fazer efeito. Então, ela deve ser aplicada neste prazo
antes de viagem para áreas de risco.
Uso de
remédio controlado x vacina da febre amarela
Não há nenhum problema de interação medicamentosa
entre a vacina e outros medicamentos. Por isso, quem faz uso de remédios
controlados podem receber a vacina contra a febre amarela. Em caso de dúvida,
profissionais de saúde devem ser consultados.
Contraindicações
Não devem receber a vacina:
- Crianças com menos de 6 meses de idade;
- Indivíduos com histórico de reação anafilática a
substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e
outros produtos que contêm proteína animal bovina);
- Pacientes com histórico de doenças do timo
(miastenia grave, timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica),
também devem buscar orientação de um profissional de saúde
- Pacientes com imunossupressão de qualquer
natureza:
- Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão
grave;
- Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras
(corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
- Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
- Pacientes com imunodeficiência primária;
- Pacientes com neoplasias.