Segundo a Defesa
Civil, não chove na cidade desde o dia 21 de agosto
Com
o tempo seco típico do inverno, o número de queimadas na região tem aumentado e
em Barra Mansa não é diferente. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável , de agosto até o dia 10 de setembro foram
registrados 10 casos nos bairros Centro, Getúlio Vargas, Monte Cristo, Apóstolo
Paulo, Vila Independência, Vila Ursulino, Vila Coringa e no distrito de
Floriano. Segundo a Defesa Civil, não chove na cidade desde o mês
passado.
De
acordo com o assessor da Defesa Civil de Barra Mansa, Antônio Marcos Lopes, o tempo sem chuvas colabora
para o aumento das queimadas na cidade. “A última chuva que ocorreu foi entre
os dias 19 e 21 de agosto com um total de 11 milímetros, índice considerado
moderado pelos metereologistas”, afirma.
Segundo
a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Lívia Costa, as ocorrências acontecem
em áreas descampadas na zona rural e urbana e o último caso foi registrado na
Mata da Invernada, na Vila Ursulino. “O vento aliado à falta de chuva contribui
para que o fogo se alastre com facilidade no mato seco”, completa.
A bióloga ainda destaca que as maiores causas das queimadas
são desencadeadas com o auxílio da atividade humana. “A queima de lixos
domésticos, como folhas secas, por exemplo, também são causadores de focos de
incêndio ou odescarte de vidros em locais inapropriados, que no campo seco e
com a umidade baixa, provocam o fogo, além das guimbas de cigarros na beira de
estradas e rodovias”, afirma.
Lívia disse ainda que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realiza um projeto de
reflorestamento no município. “Em áreas com árvores, o risco de queimadas
diminui consideravelmente, aumentando assim a qualidade de vida e segurança dos
moradores ao redor”.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, Cláudio Cruz (Baianinho),
a fumaça atrapalha a visibilidade dos motoristas nas estradas e rodovias, além
de causar problemas respiratórios, poluir o meio ambiente e causar a morte de
animais silvestres. Ele orienta
a população comunicar ao órgão responsável em caso de algum tipo de incêndio.
“Em Barra
Mansa, o telefone para denunciar os casos de queimadas e as pessoas
que provocam esses crimes é o 2106-3406. As denúncias devem conter provas, como
fotos e vídeos do executante no ato do crime. E em caso de focos de queimadas,
é preciso acionar o Corpo de Bombeiros, no telefone 193”, sugere o secretário.
A Lei 9.605/98 de crimes ambientais, no Artigo 41, diz que as
pessoas que provocam incêndio em mata ou floresta, contribuindo negativamente
para o aumento desse índice, são punidas com reclusão de dois a quatro anos e
multa. O Código Penal também repreende na Lei 2848/40 a pessoa que causar
incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem em lavoura, pastagem, mata ou floresta podendo pegar de três a seis anos
de prisão e multa que varia de R$ 50 a R$ 50 milhões dependendo da área de
extensão.
Conforme o secretário, a prefeitura vem intensificando o
assunto em campanhas de conscientização dos moradores, pelos atendimentos na
secretaria e no projeto de reflorestamento. “Nós iremos marcar uma reunião com
o Corpo de Bombeiros para que sejam discutidas formas de prevenção e de
diminuição do problema”, conclui.