Objetivo é tornar parcerias mais transparentes e
sustentáveis
O prefeito
de Volta Redonda, Samuca
Silva, assinou na manhã desta quinta-feira, dia 21, o novo Marco Regulatório do
terceiro setor, durante o Seminário para as Organizações da Sociedade Civil,
realizado no auditório do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase). O
objetivo das novas regras é tornar as parcerias mais transparentes e
sustentáveis, além de estimular as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) a
participarem de projetos e programas públicos, aumentando a participação social
e democratizando a gestão pública municipal.
“Durante a
campanha visitamos as entidades
do Terceiro Setor. O que Volta Redonda está vivendo é um momento histórico com
a construção de uma base sólida, uma base para o futuro. A partir de agora,
teremos um padrão técnico, vamos dar oportunidade para qualquer entidade
apresentar um projeto para essa cidade. Acho que esse é o maior legado desse
governo. Estamos construindo para, futuramente, consolidar uma política
pública”, contou Samuca
Silva.
Com cerca
de 150 pessoas presentes, dentre
elas representantes de instituições, associações de bairros, servidores
públicos, alunos de cursos universitários e autoridades, o evento foi iniciado
com apresentação de crianças e adolescentes atendidos pela Casa da Criança com
o Projeto “Taekwondo Social”. Em seguida, foi a vez dos alunos do Projeto
Curumim da mesma instituição, que realizaram apresentação musical de
violinos.
Além do
prefeito Samuca Silva,
participaram da abertura o vice-prefeito e secretário municipal de Ação
Comunitária, Maycon Abrantes, além dos secretários municipais Julio Andrade
(Planejamento, Transparência e Modernização da Gestão) e Fabiano Souza (Gabinete
de Estratégia Governamental); do procurador Geral do Município, Augusto Cesar
Nogueira; do controlador Geral do Município, Carlos Rosa; da presidente do
Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Volta Redonda, Adriana
Amorim; e da gestora do Fundo para Infância e Adolescência de Volta Redonda
(Finad-VR), Cleia Teixeira Camilo.
O seminário
contou com a palestra do procurador
municipal Danilo Martins Fernandes Drilard, que explicou a importância do
evento para o terceiro setor. “A lei está em vigor desde janeiro deste ano
e certos pontos dela dependiam de uma regulamentação. Hoje, o prefeito assinou
o decreto municipal no qual esses pontos são regulamentados, inclusive com
procedimentos
mais claros, até para que a organização saiba antecipadamente quais requisitos
deve preencher, e até para que o gestor, na hora de buscar parcerias, saiba
quais
procedimentos deve adotar e quais documentos ele deve exigir. Esse evento visa
atender
a um requisito do próprio marco regulatório, que trata da capacitação das
instituições e dos gestores públicos. A gente quer tornar mais claro para as
instituições como elas poderão vir ao poder público e conseguir recursos
públicos”, explicou Danilo Martins, lembrando que antes havia outros
marcos
regulatórios sobre parcerias com organizações da sociedade civil, mas que
limitavam a atuação delas.
Entenda o marco regulatório
O novo
marco regulatório consolida as
normas para parceria entre o governo municipal e as Organizações da Sociedade
Civil. Ele traz normas mais claras e regulamenta todos os procedimentos
necessários para que a parceria aconteça, desde a fase inicial - quando se
busca a parceria - , passando pelo procedimento que vai ser adotado para
celebrar essa parceria, até a prestação de contas, além de trazer as sanções
que podem ser aplicadas, caso as instituições não atendam aos
requisitos.
“O marco
prevê, por exemplo, um
chamamento público que não era previsto antes e que vai garantir que todas as
instituições possam fazer suas propostas e concorrer entre si. Isso moraliza o
procedimento e dá um tom mais impessoal na seleção das organizações. Também tem
um efeito de melhoria no gasto público, que vai ser utilizado com maior cautela
e com segurança jurídica”, explicou
o procurador Danilo Martins,
ressaltando que, por outro lado, o novo marco regulatório traz requisitos mais
rígidos que as organizações terão que preencher, quanto a seus estatutos e
certidão de regularidade fiscal. “Chamamos de lei da ficha limpa das
organizações. Ficam impedidas de participar aquelas que estão devendo em suas
prestações de contas, e isso também vale para seus
dirigentes”.
O novo
marco regulatório também vai
permitir maior participação da sociedade na construção de políticas públicas,
através do procedimento de manifestação de interesse social – um mecanismo que
permite que qualquer cidadão, organização da sociedade civil ou movimento
social leve ao poder público, pedidos de políticas que eles querem ver
implementadas. “Esse novo marco regulatório traz uma política pública de
fortalecimento do terceiro setor em âmbito nacional, permitindo que o mesmo
seja o protagonista de transformações sociais”, concluiu Samuca Silva.