O aumento foi possível graças aos repasses financeiros da Prefeitura, que proprocionaram quitação e renegociação de dívidas
Inaugurada
em julho de 1835, a Santa Casa de Misericórdia de Resende, mais antiga
unidade de saúde da cidade, quase fechou as portas em 2016. Com
histórico de dívidas, a unidade foi municipalizada, mas somente agora,
em 2017, conseguiu acertar os salários atrasados, renegociar as ações
trabalhistas e colocar as contas em dia. Isso só foi possível graças aos
repasses regulares feitos pela atual gestão da Prefeitura de Resende.
Com
recursos municipais em caixa e fazendo parte efetivamente da rede
pública de atendimentos em saúde, o SUS, a nova direção da Santa Casa,
parcelou dívidas previdenciária e fiscal passadas e passou a recolher
impostos corretamente.
A
instituição também renegociou com fornecedores de produtos e serviços -
que haviam deixado de atendê-la - para que voltassem a vender e com
melhores preços. Com organização e pagamentos em dia, foi possível
conseguir todas as certidões necessárias para a entidade ficar apta a
receber recursos de emendas parlamentares, participar de projetos
sociais e firmar convênios com instituições públicas e, assim, aumentar o
número de atendimentos, cirurgias, internações e exames.
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Renegociamos várias dívidas, entre elas a que a Santa Casa tinha com a
concessionária de água, no valor de R$650 mil. Durante a renegociação da
dívida com a concessionária de energia, que estava no valor de R$951
mil, solicitamos isenção de cobrança de ICMS, que vai gerar economia de
30% no valor da conta de energia. E mais, foi possível a liberação de
uma subestação de energia própria para o hospital, com mais economia e
estabilidade na rede, fundamental para a qualidade do serviço da unidade
- contou Luiz Eduardo Saldanha, presidente da Santa Casa.
A
nova gestão reorganizou a casa e impulsionou os atendimentos: em 2016
foram 194.860, entre consultas, exames e cirurgias. Enquanto em 2017,
até o mês de julho, esse número chegou a 201.770. Um exemplo é a
capacidade de internação, que chegou a dobrar se comparado maio do ano
passado - com 145 internações - com o mesmo peíodo desse ano, quando 336
pacientes foram internados. Em março de 2017, as cirurgias eletivas,
que estavam paradas, voltaram a ser agendadas.
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Além de acertar as dívidas finaceiras, a unidade passa por uma reforma,
que vai recuperar a Capela e a fachada do prédio. As mudanças previstas
incluem a recuperação dos bancos e paredes da capela, a retirada de um
muro e colocação de gradil recuado, criando um estacionamento mais
amplo. Tudo respeitando a arquitetura e as características centenárias
do prédio - comemora o prefeito Diogo Balieiro Diniz.