Arte
na Capa do mês de setembro relembra importância que o formato já teve
na indústria fonográfica brasileira nas décadas de 1970 e 1980
Se
você acha os discos de vinil, tipo long play, de 12 polegadas e 30
centímetros, uma raridade, prepare-se para conhecer os compactos de sete
polegadas que se transformaram numa verdadeira febre da discografia
brasileira no final do século passado. Com mais de 600 milhões de
unidades vendidas entre as décadas de 1970 e 1980, eles são o tema
principal da exposição Arte na Capa que o Museu da Imagem e do Som abre
no próximo dia 1º de setembro em sua sede, localizada na Fundação Casa
da Cultura Macedo Miranda, no Centro Histórico da cidade.
A
mostra, intitulada “7 Polegadas – Discos Compactos”, que inaugura a
nona edição do projeto Arte na Capa de 2017, é composta por 30 capas de
artistas populares, idolatrados pelo público entre os anos de 1960 e
1980, e que tinham nos discos compactos – simples (com apenas duas
músicas) ou duplos (com quatro canções) - uma boa forma de divulgar sua
música.
Entre
eles estão Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, Gretchen, Erasmo Carlos e
o grupo Baiano e os Novos Caetanos, todos no início de carreira. Além
deles, a mostra também traz, entre outras raridades, as capas dos
compactos com a trilha sonora do filme Love History, e o memorável Happy
Xmas – War is Over, compacto lançado por John Lennon e Yoko Ono em
1971.
Formato
abandonado – No Brasil, os discos compactos de sete polegadas deixaram
de ser vendidos em 1989, com exceção da fábrica Polyson que não
abandonou o formato e ainda o produz, só que em escala bem menor.
A
alegação da indústria fonográfica para abandonar o compacto foi a de
que nele se vendia a música, e nos long plays se vendia o artista. Mas,
na realidade, a causa principal para o fim da produção dos compactos
parece ter sido mesmo a econômica, já que os LPs rendiam muito mais
lucros às gravadoras, do que os simpáticos “disquinhos” de duas ou
quatro músicas.
Serviços
A
exposição “7 Polegadas – Discos Compactos”, pode ser conferida até o
dia 28 de setembro, com visitação de segunda a sexta-feira, das 12 às
18h.