Secretaria de Saúde promove curso de
Introdução ao Estudo de Plantas
Medicinais
Capacitação para agentes comunitários de
saúde é uma etapa da implantação da Farmácia Viva, que vai introduzir os
fitoterápicos na rede municipal
O
curso de Introdução ao Estudo de Plantas Medicinais, voltado para os Agentes
Comunitários de Saúde, tem como objetivo introduzir o tratamento fitoterápico
por meio das Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família de Volta Redonda
na Rede Municipal. A capacitação é uma das etapas para a implantação do Projeto
de Arranjo Produtivo Local para a Farmácia Viva. A aula, realizada na manhã
desta sexta-feira, dia 30, foi o segundo encontro da segunda turma do curso e
reuniu cerca de 30 funcionários no Auditório da secretaria municipal de Saúde.
A primeira turma, que fez o curso entre o final do ano passado e março deste
ano formou 40 profissionais da saúde.
Com o
curso, os agentes passam a identificar as plantas medicinais e plantas nocivas
à saúde, podendo ensinar o uso correto dos chás, além de orientar quando
determinado
chá pode interferir no tratamento alopático – com remédios
convencionais.
Eronice
Lima de Freitas, moradora do Ilha Parque, cultiva no quintal de casa diversas
ervas e plantas que curam, como ela diz. Entre elas estão a melissa; o capim
cidreira, que usa como calmante; a romã, para dor de garganta; o saião, a que
ela atribui alívio para gripe e até bronquite; e a tanchagem, usada como
antiinflamatório. “Acredito na cura pela natureza e os fitoterápicos serão
bem-vindos”, disse
a dona de casa, citando que o marido, Devanil, também é adepto dos chás e
xaropes caseiros para ajudar no tratamento de doenças.
De
acordo com a coordenadora da Área Técnica de Práticas Integrativas da
Secretaria de Saúde, Fabíola Angelita Martins, que ministrou a aula, “A
Farmácia Viva prevê a manipulação das plantas desde o cultivo até a dispensação,
por isso, capacitando Agentes Comunitários de Saúde, garantimos o sucesso do
programa. Eles estão mais próximos do dia a dia dos pacientes”, disse.
Entre
os agentes comunitários o uso de chás e remédios caseiros é uma realidade. A
agente comunitária de Saúde da unidade do Água Limpa, Beatriz Moreira de
Oliveira, citou diversos chás que usa no dia a dia. “Gosto de folha de
algodão para
inflamação, boldo para azia e má digestão, camomila e erva doce como calmante e
também para o estômago, além da romã para a garganta”, enumerou.
Já as
profissionais da Unidade Básica de Saúde da Família do Volta Grande, por
exemplo, admitem que são fãs da infusão de melissa. “Uso o chá de melissa
como
calmante e contra dor de cabeça. Sinto boa melhora na enxaqueca”,
afirmou
a agente Ana Beatriz Pereira Martins.
FARMÁCIA VIVA – A
coordenadora da Farmácia Viva, em fase de implantação em Volta Redonda, a
farmacêutica Aline Oliveira da Silva Souza, explica que o trabalho no município
vai começar com duas espécies: o capim limão, usado como calmante suave, para
quadros leves de insônia e alívio de pequenas crises de cólicas uterinas e
intestinais; e o guaco, que é depurativa, estimulante do apetite, bronco
dilatador e expectorante.
“Num
segundo momento, vamos investir nos fitoterápicos a base de erva cidreira,
carqueja, babosa e hortelã”, afirmou
Aline, lembrando que o objetivo é ter na Farmácia Viva fitoterápicos com as
doze plantas da Relação Nacional de Medicamentos (Rename). “Esse será um
processo
gradativo”, disse.