Sugestão é para que União
e Estado custeiem 100% do funcionamento da unidade médica
O
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraíba (CISMEPA) se reuniu na manhã
desta sexta-feira, dia 17, em Volta Redonda, para a prestação de contas do ano
de 2016 e discutir o funcionamento do Hospital Regional do Médio Paraíba Zilda
Arns. Participaram da reunião os prefeitos de Volta Redonda, Samuca Silva; de
Barra
Mansa, Rodrigo Drable; de Pinheiral, Ednardo Barbosa; de Resende, Diogo
Balieiro; de Valença, Fernando Graça; de Rio Claro, Zé Osmar; de Barra do
Pirai, Mário Esteves; de Pirai, Luiz Antônio – que também é presidente do
consórcio, e o vice-prefeito de Porto Real, Ailton Marques, além de
representantes de Itatiaia e Quatis.
No
encontro, o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, sugeriu que todo o custeio
do funcionamento do hospital seja feito pela União e pelo Governo Estadual.
"Que
a abertura do hospital seja feita de forma planejada e organizada. O custeio
tem que ser 100% de governo federal e estadual porque a unidade é regional.
Financeiramente, os municípios não têm condições para mantê-lo. Por estar em
Volta Redonda, as pessoas me cobram na rua o não funcionamento do Hospital. Elas
não sabem que é de responsabilidade de todos", disse Samuca Silva.
Hoje,
para manter o hospital na sua capacidade máxima, há necessidade de um recurso
mensal de R$ 15 milhões. O Ministério da Saúde, segundo o presidente do
Consórcio, está disposto a arcar com 50% do custeio do funcionamento da unidade
médica. Porém, não há uma previsão para participação do Governo do Estado.
Para
isso, o consórcio marcará uma reunião com o secretário Estadual de Saúde, Luiz
Antônio de Souza, o Luizinho, prevista para ocorrer na próxima quinta-feira,
dia 23, na cidade de Piraí. A princípio, segundo definiu o consórcio, seria
feita apenas os exames de imagem e, em seguida, os de oftalmologia.
Outro
ponto abordado por Samuca Silva foi a definição do modelo de gestão e quem
comandará a unidade de saúde: “Não escondo de ninguém que defendo uma
direção técnica e não política partidária para que a população não seja
prejudicada com preferências de atendimentos”, ressaltou o prefeito de
Volta Redonda, que foi apoiado pelos demais chefes do Executivo do Sul
Fluminense.
Durante
o encontro, o consórcio definiu um prazo até final de março para que todas as
ambulâncias do SAMU estejam funcionando no Sul Fluminense. Segundo o consórcio,
hoje há 20 veículos, dos quais quatro estão parados.
“A
média de atendimento no ano passado chegou a marca de dois mil, entre remoção
em vias públicas, acidentes e atendimento residencial”,
disse o presidente do Consórcio Intermunicipal, Luiz Antônio Neves, prefeito de
Piraí. Atualmente, a central de atendimento telefônico do SAMU está em Volta
Redonda e conta com 98 médicos para atender os municípios, fazendo um plantão
de 12 horas, segundo dados do consórcio.