O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio de órgãos e
programas, tem investido em projetos de inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. Agente da Operação Lei Seca há sete
anos, o cadeirante Márcio Alcântara aumentou sua qualidade de vida e
melhorou sua condição financeira ao começar a atividade junto com outros
colegas.
Ele é um dos cadeirantes da ação permanente, iniciada em 2009. O
grupo distribui folhetos educativos e adesivos em bares e restaurantes,
além de contar sua história em palestras realizadas em escolas
municipais e estaduais, autoescolas e universidades.
No total, 30 cadeirantes atuam nas ações de conscientização da operação, da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
– Aos 21 anos sofri um acidente e fiquei tetraplégico. Hoje, tenho um
trabalho que pode ajudar outras pessoas a não beber antes de dirigir. A
proposta de inclusão da Operação Lei Seca foi fundamental na minha vida
– disse Márcio, de 45 anos.
Programa Jovem Aprendiz
Na Cedae, quase mil pessoas já deram seus primeiros passos na vida
profissional como estagiários do programa Jovem Aprendiz. Desde 2009,
quando o projeto teve início, 968 adolescentes já passaram pela
companhia.
Atualmente, há 196 aprendizes na Cedae, sendo 14 pessoas com
deficiência intelectual. Estes jovens atuam na função de auxiliar
administrativo nas áreas de administração, comercial, contabilidade,
financeira, informática e jurídica.
Para os jovens com deficiência intelectual, o programa é uma
oportunidade de superar não apenas a dificuldade de ingressar no mercado
de trabalho, mas também o preconceito.
– Já procurava estágio e emprego antes. Hoje, estou há quase um ano
na Cedae. Já aprendi a trabalhar com todo o sistema de planilhas e acho
que posso usar a experiência para outros trabalhos semelhantes no futuro
– contou César Rubens Ribeiro, de 24 anos.
Ações na Faetec
Quem conhece Elizabeth Canejo, de 55 anos, não imagina a vida agitada
que ela tem. A articuladora da Divisão de Diversidade e Inclusão
(Divin) da Faetec trabalha capacitando professores da rede de ensino
para atuar com pessoas com deficiência, além de dar suporte aos
estudantes que precisam de auxílio para se adaptar às aulas. Elizabeth,
que é deficiente visual, também é nadadora e surfa nas horas vagas.
– Orientamos os professores a atender alunos com necessidades
educacionais especiais ou com deficiência. Tenho orgulho de trabalhar na
Divin. Tive outros empregos, mas sabemos que é difícil a inserção no
mercado de trabalho – afirmou Elizabeth.http://diariodovale.com.br/tempo-real/governo-do-estado-investe-em-projetos-de-inclusao/