Prefeito é autorizado a parcelar débito com a Light; plateia xinga vereadores e parlamentares discutem
Barra Mansa – A sessão
da Câmara Municipal convocada especialmente para votar a mensagem do
Executivo pedindo autorização para parcelar a dívida da prefeitura com a
Light terminou em confusão. Uma parte da plateia, insatisfeita com o
resultado da votação, começou a gritar ofensas aos vereadores que haviam
votado para autorizar o prefeito a parcelar em até 36 vezes a dívida do
governo municipal com a concessionária de energia elétrica. O vereador
Lia Preto (PR) começou a responder as agressões e precisou ser contido
pelo seu colega de plenário Cláudio Cruz, o Baianinho (PV) para não se
envolver em um confronto físico.
Devido à confusão, o presidente da
Câmara, José Luiz Vaneli, o Leiteiro (PSDB), suspendeu a sessão e
convidou os vereadores para uma reunião a portas fechadas. Minutos
depois, o vereador Rodrigo Drable (PMDB) saiu da reunião afirmando ter
sido agredido por seu colega Pissula (Rede) e anunciando que iria para a
delegacia para registrar um boletim de ocorrência.
O DIÁRIO DO VALE não
conseguiu ouvir o vereador Pissula, que havia deixado a Câmara, mas
outros vereadores afirmaram que, durante a reunião reservada, houve uma
discussão a respeito do posicionamento dos parlamentares e Pissula teria
empurrado Rodrigo.
Ao retornar da reunião, com o clima
ainda tenso no plenário, Leiteiro afirmou que não havia clima para
prosseguir e encerrou a sessão. A votação já havia sido concluída e o
pedido de parcelamento foi aprovado, com os votos contrários de Rodrigo
Drable, Luiz Furlani (PV), Marcelo Borges (PDT), Vicentinho e do próprio
Leiteiro, que, embora só precisasse votar em caso de empate, fez
questão de registrar sua posição contrária ao parcelamento.
O vereador Luiz Furlani afirmou que vota
contra o parcelamento porque o prazo – de 36 meses – vai entrar no
outro mandato, e disse que o prefeito pediu esse prazo porque “sabe que
não vai estar na prefeitura no próximo mandato”. Furlani acrescentou que
o parcelamento iria contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Marcelo Borges (PDT), afirmou que iria
votar contra o parcelamento e disse que o corte de energia é resultado
do que considera “má administração” do Executivo.
Rodrigo Drable destacou que os juros do
parcelamento chegam a R$ 700 mil e que considera uma ilegalidade fazer
um empréstimo para pagar a conta de energia.
O vereador Vicentinho registrou que a
Light corta a energia do consumidor aos 30 dias de atraso e esperou nove
meses para cortar o fornecimento á sede da prefeitura, antes de
declarar que votava contra o parcelamento.
Light corta energia da sede da prefeitura e religa à noite
A Light cortou a energia a sede Prefeitura de Barra Mansa por falta de pagamento. Segundo informações recebidas pelo DIÁRIO DO VALE,
o fornecimento foi cortado por volta das 11 horas desta segunda-feira
(30) e a dívida estaria na casa dos R$ 3,5 milhões. O fornecimento de
energia elétrica foi restabelecido ainda na noite desta segunda.
O prefeito Jonas Marins (PC do B)
afirmou que a prefeitura efetuou o pagamento de algumas das contas
atrasadas ainda na segunda-feira, e confirmou que a prefeitura não teria
disponibilidade financeira para fazer um parcelamento que terminasse
ainda este ano: “isso é reflexo de uma realidade que atinge a todos os
municípios”, disse.http://diariodovale.com.br/tempo-real/light-corta-energia-da-sede-da-prefeitura-de-barra-mansa-por-atraso-no-pagamento/