Uma oposição foi anunciada ontem pelos
vereadores Rodrigo Drable (PMDB) e Luiz Furlani (PSDC); oposição aos
erros do governo municipal - fizeram questão de frisar. O anúncio foi
feito em forma de coletiva no gabinete de Drable. E já avisaram: depois
da audiência pública marcada para o dia 15 deste mês para discutir sobre
os aumentos nas contas de água, pretendem colocar em votação o pedido
para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a
prefeitura. Segundo o vereador Rodrigo Drable, essa união visa fortalecer os
mandatos porque existe de ambas as partes um compromisso com o bem estar
da população. “Juntos seremos mais produtivos em busca de soluções
contra esses desmandos que acontecem em Barra Mansa”, disse. O vereador Furlani citou que a intenção é fazer uma oposição
verdadeira ao governo municipal. “A partir do momento que aglutinamos
forças, outros vereadores, vendo os absurdos que acontecem, vão caminhar
juntos conosco. Quem está a favor da população se unirá a nós, que
estivem contra ficará de fora”, frisou Furlani, que com o anúncio de
ontem oficializou sua posição contrária ao prefeito Jonas Marins
(PCdoB). Até então ele fazia parte da base do governo. “Diante do que
chamo de ‘desgoverno’, que veio à tona com os aumentos das contas de
água, sou declaradamente oposição”, completou. O vereador Furlani afirmou que a partir de agora todas as suas
denúncias contra os erros da administração pública serão protocoladas no
Ministério Público, como fez com o problema das contas de água da
cidade, noticiados pelo A VOZ DA CIDADE na edição do
dia 30 de setembro. Para ambos, o erro de emissão das contas do mês de
setembro garantido pela prefeitura, foi uma mentira. “No dia 24 (setembro) o Horário (diretor executivo do Saae), esteve
na câmara com uma planilha, apresentou números que demonstravam o motivo
do aumento, depois esteve na rádio com o prefeito também falando sobre a
necessidade do reajuste. Aí depois do nosso movimento o prefeito
colocou a culpa no sistema”, explicou Rodrigo. Aumentos precisam ser explicados Furlani lembrou que mesmo que tenham voltado atrás, existem outros
aumentos que precisam ser explicados. “Se não admitissem o erro iriam
para o quarto aumento em menos de 12 meses, sendo que a Lei de
Saneamento Básico diz que os reajustes de tarifas de serviços públicos
só podem acontecer a cada um ano”, disse. Drable foi além e disse que
uma faixa muito considerável e que necessita foi muito prejudicada desde
então. De acordo com ele, foram 373% de aumento de dezembro a setembro
para entidades filantrópicas e igrejas. “As que consomem de dez a 15
metros cúbicos de água. Prejudicando a Apae, por exemplo. Já para a
população de maneira geral, o aumento foi de 110%. Se ele (prefeito)
admitiu erro do sistema em setembro deveria admitir nas contas de
dezembro também. O que quero dizer é que esse argumento é ofensivo e
tudo o que está acontecendo incita para uma CPI”, ataca. O vereador Furlani admitiu que a criação dessa comissão é de extrema
necessidade. Drable completou dizendo que a audiência pública, a ser
realizada no dia 15, às 19 horas, no Palácio Barão de Guapi, servirá
para subsidiar o pedido da CPI. Segundo o vereador Rodrigo, o aumento do
Saae é apenas um dos motivos. “A CPI tem que ser ampla e irrestrita. E
sobre a situação da coleta de lixo, cabide de estagiários na prefeitura,
aluguel de carros e depois a compra de outros, terceirização dos
serviços?”, questiona. Para criar uma Comissão Parlamentar é necessário
que 13 vereadores assinem favoráveis. “Já posso adiantar que quatro vereadores disseram que podem vir
conosco. Por isso precisamos da pressão popular para que outros também
venham. Precisamos que muitas pessoas participem da audiência pública e
das nossas sessões”, ponderou. A intenção da audiência, de acordo com
Rodrigo Drable, é criar subsídios para aprovar a CPI. “Na verdade nós já
temos. Por exemplo, no último dia 30, o secretário de Fazenda, Everton
Rezende, esteve na câmara para apresentar o balanço do último
quadrimestre da prefeitura. Questionei se seria possível a dívida da
prefeitura superar os R$ 180 milhões até o final do ano. E ele disse que
sim. Está tudo gravado no site do Legislativo. E para fechar 2017 pode
ser R$ 400 milhões em dívidas. Supera a arrecadação do ano primeiro ano
inteiro. Isso é muito sério”, argumenta. Drable disse que Susesp, Saae e Saúde são caixas pretas que o
Legislativo não possui nenhuma informação efetiva. “O que estão fazendo
com Barra Mansa é um estupro. Mandamos pedidos de informações e a
prefeitura não nos responde de maneira clara”, afirmou. ELEIÇÕES 2016? Os dois vereadores foram questionados pela imprensa presente se essa
parceria seria já o início de um projeto político para 2016, já que
ambos, atualmente, são pré-candidatos a prefeito de Barra Mansa. Os dois
disseram que isso não tem nada a ver, até porque foram eleitos
vereadores da cidade e é uma obrigação deles trabalhar pela população.
“Nosso propósito não é eleitoral. Antes de pré-candidatos somos
vereadores, responsáveis por cada voto recebido”, destacou Drable.
Furlani completou: “Seremos oposição aos erros do governo municipal até
31 de dezembro de 2016. Nada a ver com a eleição. Virão conosco os que
estão contra isso”. http://avozdacidade.com/site/noticias/politica/47476/
Doutor Honoris Causa em Educação e Direitos humanos; ex- servidor na Prefeitura Municipal de Resende/RJ; Ex- Assessor de Gabinete do Prefeito na Prefeitura Municipal de Barra Mansa/RJ; Ex-servidor da Fundação Beatriz Gama de Volta Redonda/RJ. Eleito por três mandatos no Conselho Superior do Instituto Federal do Rio de Janeiro e dois no Conselho Municipal de Juventude de Barra Mansa/RJ. Consultor ad hoc da Associação Mineira de Pesquisa e Iniciação Científica, avaliando os trabalhos de Iniciação Científica e Tecnológica da 4ª Feira Mineira de Iniciação Científica (4ª FEMIC); Selecionado avaliador em um importante Prêmio de Inovação no estado de Minas Gerais e um outro no Espírito Santo em 2022. Encerrou 2022 recebendo homenagem do Governo Federal através do Programa Pátria Voluntária.