Fotografada por Fábio Guimas
Foram eleitos, no último domingo, os novos conselheiros tutelares do município, com recorde de participação popular. Com 2.223 votos registrados, a votação foi realizada pela comissão eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Dos 23 candidatos que concorreram ao pleito, foram eleitos cinco conselheiros titulares e cinco suplentes. Os escolhidos tomarão posse no dia 10 de janeiro de 2016 e permanecerão no cargo até 2019.  A votação aconteceu no Centro de Educação Integrada (CEI) Vieira da Silva, no Centro, das 8 às 17 horas.
O processo foi acompanhado pela promotora da Infância e Juventude de Barra Mansa, Carolina Nassif, e pelo promotor de Justiça Diogo Erthal, e ainda contou com a participação de cerca de 60 voluntários. “Ficamos muito felizes com o comparecimento dos eleitores em Barra Mansa e agradecemos o apoio da prefeitura na divulgação da eleição. É necessário chamar a atenção dos cidadãos para a importância do papel do Conselho Tutelar na defesa dos direitos das crianças e adolescentes”, comentou a promotora.
O prefeito Jonas Marins (PCdoB) compareceu ao CEI, acompanhado pela primeira-dama e secretária Municipal de Assistência Social, Maria José Cezar. “Fiz questão de comparecer à votação, pois reconheço que a função pública de conselheiro tutelar é de grande relevância na defesa e garantia dos direitos da criança e do adolescente”, declarou o prefeito.
Reeleita com 182 votos, a conselheira Ana Duque explicou que a após a reeleição é preciso dar pausa de um mandato para voltar a se candidatar. Seguindo as regras, Ana já está no conselho desde 2002. “No trabalho do Conselho Tutelar não tem muito que mudar, o que temos que fazer é cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente. Estou com muito gás e confiança para os próximos anos”, destacou a conselheira, moradora do bairro Colônia Santo Antônio, afirmando que todos os eleitos têm conhecimento do setor e que está disponível para ajudá-los.
SEM ORGANIZAÇÃO
Com o inesperado número de eleitores, muita gente reclamou da falta de organização durante a eleição. Com apenas um local para a votação, as pessoas ficaram aglomeradas e o tumulto permaneceu até o final da tarde.
O estudante Johnes Hebert Victal, de 24 anos, contou que precisou esperar por mais de uma hora. “As filas eram enormes e todos ficaram no mesmo corredor, o acesso para as três zonas era feito pelo mesmo local. A quantidade de gente que circulou por lá foi muito grande desde a parte da manhã”, relatou o jovem, acrescentando que o calor também gerou incômodo às pessoas, já que não havia circulação de ar.
“Havia apenas uma urna na cabine e três pessoas na mesa: uma conferia o título, a outra anotava o título no papel, e a terceira destacava a cédula. O processo foi muito lento e faltaram informações, tinham vários idosos entrando na sessão errada, foi um desgaste a eleição”, completou o estudante.
Para validar o voto era preciso escrever o nome do candidato, número ou apelido. A sugestão dos eleitores era que a cédula já viesse com as opções, sendo necessário apenas marcar com x, gerando mais organização e agilidade ao processo.
Sobre os problemas, a conselheira Ana Duque concordou que “a situação fugiu do controle” e disse ainda que muita gente desistiu de votar devido ao tumulto. Ela também ressaltou que a ideia de realizar a votação em apenas um local foi válida no sentido de não favorecer nenhum candidato. “Fiquei feliz e orgulhosa pela quantidade de pessoas que compareceram”, concluiu.
Titulares: Ana Maria Valva Duque: 182 votos; Marinilda da Silva Lopes: 179 votos; Vanea dos Santos Faria: 178 votos; Adriana Cristina da Costa: 155 votos; Isabela Cristina de Carvalho: 142 votos.
Suplentes: Telma Maria de Souza Ribeiro: 137 votos; Sandra Maria Cunha: 131 votos; Nadson Blenner Rodrigues: 114 votos; Maria José Barcellos: 106 votos; Tungstênio Costa Machado: 92 votos.http://avozdacidade.com/site/noticias/cidades/47477/