
Se você está sequer pensando em engravidar, provavelmente
o seu médico já recomendou consumir ácido fólico, a vitamina B solúvel em água,
conhecida por reduzir o risco de problemas de saúde no feto e outras
complicações da gravidez. Mas pode ser que haja algo completamente inesperado
interferindo com a sua habilidade de conseguir essa vitamina essencial – algo
que nós sempre recebemos de braços abertos no caloroso Brasil.
Isso mesmo: o Sol. Parece existir uma estranha
conexão entre a quantidade de luz UV que você absorve, com a saúde e a longevidade
dos seus futuros filhos, de acordo com um estudo publicado na revista
Proceedings da Royal Society B.
Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência
e Tecnologia analisaram registros religiosos de mais de 9.000 pessoas, de 1750
a 1900, que mostravam todos os importantes marcos da vida dos paroquianos, e
compararam os dados com a evidência história dos ciclos de radiação solar. Eles
descobriram que, em média, a vida de crianças nascidas em anos com muita
atividade solar (ou seja, raios UV muito concentrados) era 5.2 anos menor
que a de outras crianças. As crianças norueguesas que nasceram nas áreas com
alta incidência de raios solares, e cujas mães passaram bastante tempo ao ar
livre, tinham bem menos probabilidades de chegar aos dois anos de idade do que
as crianças das paróquias menos saturadas com raios UV.
Provavelmente existem muitos fatores em jogo aqui,
como dizem os
autores do estudo, mas isso é o que eles estão enfatizando:
embora a radiação UV tenha efeitos positivos nos nossos níveis de vitamina D,
ela também pode resultar na degradação da vitamina B9 – ou seja, o ácido
fólico, que é necessário para síntese do ADN, para a rápida divisão e
crescimento celular durante a gravidez. “Nossos resultados indicaram que muito
banho de sol durante a gravidez pode ter efeitos prejudiciais na sobrevivência
do feto, e na subsequente performance reprodutiva” diz a coautora do estudo, Gine
Roll Skjærvø, uma bióloga da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia da
cidade de Trondheim, na Noruega. Os cientistas estão especialmente preocupados
com as pessoas de pele clara que se mudam para climas mais quentes e com muito
sol, por que elas parecem ter falta de um tipo de adaptação da pele para a
proteção solar (por isso, muito cuidado às gaúchas que se mudam para o Nordeste).
Os pesquisadores não mediram as palavras: “A
conclusão de nosso estudo é que você não deve tomar sol se estiver grávida e
desejar ter muitos netos” eles declaram. Embora isso não seja de grande
preocupação para mulheres que desejam engravidar nos próximos anos, é um conselho
para ter sempre em mente para as mulheres que estão tentando engravidar. No
entanto, Skjærvø concordou que um protetor solar de alta proteção pode ajudar a
controlar esses efeitos sinistros. Como se nós precisássemos de ainda mais
razões para usar protetor solar.https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/122772372805/como-o-protetor-solar-pode-proteger-sua